Ancelotti estreia com empate sem gols contra o Equador

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Brasil decepciona em Guayaquil e mostra que o italiano terá trabalho

Em Guayaquil, a Seleção Brasileira iniciou uma nova era sob o comando de Carlo Ancelotti, mas o resultado foi um empate sem gols contra o Equador, em partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O desempenho apagado reforçou o que o renomado treinador italiano já sabia ao assumir o cargo: transformar o Brasil em uma equipe competitiva novamente exigirá muito trabalho. A estreia de Ancelotti, embora marcada por uma atuação defensiva sólida, expôs velhas fragilidades ofensivas, com dificuldades para criar jogadas e envolver o adversário.

Um Brasil sem brilho em Guayaquil

O jogo no Estádio Monumental Isidro Romero Carbo foi um reflexo das gestões anteriores de Ramon Menezes, Fernando Diniz e Dorival Júnior. Passes errados, escolhas equivocadas e a falta de triangulações comprometeram o ataque brasileiro. A seleção teve imensa dificuldade para botar a bola no chão e criar chances claras de gol. Vinícius Jr., principal esperança ofensiva, não viveu sua melhor noite, com lampejos que não se converteram em lances decisivos. Estêvão, jovem promessa do Palmeiras, tentou puxar contragolpes, mas também não conseguiu mudar o panorama do jogo.

Um dos raros momentos de perigo no primeiro tempo veio de uma jogada iniciada por Estêvão, que desarmou um zagueiro equatoriano e acionou Richarlison. A bola sobrou para Gerson, que, em vez de chutar, optou por passar a Vinícius Jr., mas a finalização não saiu. A falta de objetividade foi uma tônica do Brasil durante os 90 minutos, com a equipe dependendo de lances esporádicos e sem consistência coletiva.

Solidez defensiva, mas pouca inspiração

Defensivamente, o Brasil se mostrou seguro. Alisson, goleiro titular, foi pouco exigido no primeiro tempo, mas cresceu na etapa final, quando o Equador intensificou as investidas, especialmente com cruzamentos pelas pontas. Um chute de longa distância de Pervis Estupiñán foi o momento de maior susto, mas Alisson se saiu bem, garantindo o empate. A zaga, composta por nomes experientes, também segurou as pontas, evitando que o Equador transformasse sua pressão em gols.

No ataque, o segundo tempo trouxe apenas um lance de destaque: Vinícius Jr. escapou pela ponta esquerda e rolou para Casemiro, que finalizou fraco, facilitando a defesa do goleiro equatoriano Valle. Um chute mais caprichado poderia ter dado a vitória ao Brasil, mas a falta de precisão foi determinante.

Contexto nas Eliminatórias

O empate mantém o Brasil na quarta posição das Eliminatórias Sul-Americanas, com 22 pontos. O Equador, com 24, segue como vice-líder. A ampliação das vagas para a Copa de 2026, que classificará seis seleções sul-americanas diretamente e uma para a repescagem, reduz o risco de o Brasil ficar fora do Mundial. Ainda assim, o desempenho em Guayaquil deixa claro que Ancelotti terá de superar desafios táticos e técnicos para devolver à Seleção o protagonismo esperado.

O que esperar do futuro?

Ancelotti teve apenas três treinos com o grupo antes da estreia, o que explica, em parte, a falta de entrosamento. A expectativa é que, com mais tempo de trabalho, o treinador consiga implementar sua filosofia e dar uma cara nova à equipe. A volta de Raphinha, suspenso contra o Equador, será um reforço importante para o próximo jogo, contra o Paraguai, na Neo Química Arena, na terça-feira, às 21h45. Dependendo de outros resultados, a partida pode até garantir a classificação antecipada do Brasil para a Copa.

Perspectivas com Ancelotti

Ancelotti, com sua vasta experiência em clubes como Real Madrid, Milan e Chelsea, traz um currículo inquestionável. No entanto, o desafio de treinar uma seleção, com tempo limitado para treinos, é novo para o italiano. Jogadores como Vinícius Jr., que já trabalharam com ele na Europa, podem facilitar a adaptação, mas o treinador precisará encontrar soluções para a falta de criatividade no meio-campo e a dependência de lances individuais no ataque.

O empate em Guayaquil não é um desastre, mas serve como alerta: o Brasil precisa evoluir. A torcida, ansiosa por ver a Seleção retomar seu lugar entre as potências mundiais, espera que Ancelotti consiga, com o tempo, transformar talento individual em um coletivo vencedor.

O que achou da estreia de Ancelotti no comando da Seleção? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião sobre o desempenho do Brasil! 🟢🟡

Fonte: Confederação Brasileira de Futebol (CBF)

Da Redação.

Jornalista


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