Apelo Desesperado de Lula na TV Fracassa

Discurso do Dia do Trabalho Expõe Pânico e Promessas Vazias
Em um raro pronunciamento em rede nacional na véspera do Dia do Trabalho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou a crescente ansiedade de seu governo. Optando pela segurança de uma transmissão televisiva pré-gravada em vez de aparições públicas, Lula apresentou um pacote de propostas voltadas para apaziguar a classe trabalhadora brasileira. A manobra, no entanto, exalava desespero, com o presidente buscando evitar a vergonha de comícios esvaziados, como ocorreu no ano passado.
O discurso de Lula girou em torno de uma promessa de campanha já conhecida: isentar do imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil por mês. Ele afirmou que o projeto, que também inclui redução de alíquotas para rendas entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, está em tramitação no Congresso desde março. Se aprovado, as novas faixas de isenção entrariam em vigor em 2026 — um horizonte distante que pouco alivia as dificuldades financeiras imediatas de milhões de brasileiros. Críticos argumentam que essa promessa requentada é uma distração para os fracassos do governo em oferecer alívio econômico em meio à inflação crescente e ao desemprego.
O presidente também abordou a questão controversa das fraudes na previdência social, minimizando sua gravidade. Lula assumiu o crédito por desmantelar um esquema de cobranças indevidas sobre benefícios de aposentados e pensionistas, omitindo convenientemente que o escândalo eclodiu sob a gestão de um presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nomeado por ele próprio. Essa omissão compromete a credibilidade de sua administração e alimenta acusações de má gestão.
Talvez o momento mais ousado tenha sido quando Lula mencionou o polêmico modelo de trabalho 6×1 — seis dias consecutivos de trabalho seguidos por um dia de descanso —, ainda comum em setores como varejo e serviços. Ele pediu um debate nacional sobre o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, apontando para uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) na Câmara dos Deputados que busca reduzir a jornada semanal de 44 para 36 horas, com um limite de oito horas diárias. Embora a ideia possa agradar trabalhadores exaustos, analistas questionam sua viabilidade em uma economia já pressionada por altos custos trabalhistas e crescimento lento. A proposta parece mais um gesto populista do que uma solução prática.
A decisão de Lula de não participar de eventos presenciais no Dia do Trabalho fala por si só. Os comícios mal frequentados do ano passado expuseram um crescente distanciamento entre o presidente e o povo, uma ferida que ele parece relutante em reabrir. Em vez disso, ele apostou no alcance da televisão aberta para projetar força, mas o resultado foi uma mistura desconexa de promessas recicladas, memória seletiva e ideias grandiosas desconectadas da realidade. A ausência de prazos concretos ou planos viáveis apenas aprofundou o ceticismo sobre sua capacidade de entrega.
O pronunciamento do Dia do Trabalho foi uma oportunidade perdida para reconectar-se com uma população cansada. O Brasil enfrenta desafios crescentes — estagnação econômica, polarização política e erosão da confiança nas instituições. No entanto, o discurso de Lula ofereceu pouco além de retórica, deixando muitos se perguntando se seu governo está ficando sem ideias. O medo da rejeição, tão evidente em sua retirada das praças públicas, agora corre o risco de definir sua presidência.
Com a eleição de 2026 se aproximando, a dependência de Lula em apelos televisionados pode não ser suficiente para restaurar a confiança. Trabalhadores, aposentados e famílias esperavam mais do que promessas — eles queriam resultados. Em vez disso, receberam um presidente aparentemente mais focado em aparências do que em ações concretas. O caminho à frente exige medidas ousadas e tangíveis, não apenas palavras transmitidas do conforto de um estúdio.
Fonte: Jornal da Cidade.
Da Redação.
Jornalista
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