Bolsonaro mobiliza multidão na Paulista por anistia

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Governadores e líderes religiosos apoiam ato por presos de 8/1

Bolsonaro lidera mega protesto na Paulista e pressiona por anistia aos presos de 8 de janeiro

Neste domingo, 6 de abril, a Avenida Paulista se transformou no epicentro de uma das maiores manifestações políticas desde as eleições de 2022. Sob o comando do ex-presidente Jair Bolsonaro, milhares de pessoas ocuparam as ruas de São Paulo para exigir a libertação dos presos dos atos de 8 de janeiro de 2023 – data em que simpatizantes bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

O protesto, que reuniu desde familiares dos detidos até líderes políticos e religiosos, mostrou que Bolsonaro mantém seu poder de mobilização intacto, mesmo após ser alvo de processos no Supremo Tribunal Federal (STF). Com faixas, bandeiras do Brasil e gritos de “anistia já”, os manifestantes enviaram um recado claro ao governo Lula e ao Judiciário: a base bolsonarista permanece ativa, organizada e disposta a pressionar por mudanças.

Governadores e a união da oposição

O ato ganhou peso político com a presença de sete governadores de diferentes partidos e regiões do país:

  • Tarcísio de Freitas (Republicanos – SP)
  • Romeu Zema (Novo – MG)
  • Ratinho Jr. (PSD – PR)
  • Jorginho Mello (PL – SC)
  • Wilson Lima (União – AM)
  • Ronaldo Caiado (União – GO)
  • Mauro Mendes (União – MT)

A participação desses líderes demonstra uma tentativa de unificação da oposição em torno de uma pauta comum: a crítica ao STF e a defesa dos presos do 8 de janeiro, considerados “políticos” pelos bolsonaristas.

Bolsonaro acusa STF de perseguição e pede ação do Congresso

Em seu discurso, Bolsonaro reforçou que os manifestantes presos estão sendo “punidos sem julgamento justo” e defendeu um projeto de lei que conceda anistia a eles. “O Congresso precisa agir. Não podemos aceitar que brasileiros fiquem anos na cadeia sem direito a defesa plena”, afirmou.

O ex-presidente também aproveitou para atacar o ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos contra ele no STF, e reafirmou que não deixará o país, apesar dos riscos de eventual prisão. “Não tenho medo, não vou fugir. Estou aqui para lutar pelo Brasil”, declarou, sob aplausos.

União inédita de líderes religiosos

Um dos momentos mais simbólicos do protesto foi a participação conjunta de um pastor evangélico, um padre católico, um pai de santo e um rabino, que subiram ao palco para orar juntos. A cena, inédita em manifestações políticas recentes, foi encarada como uma estratégia para ampliar o apelo do movimento além da base conservadora tradicional.

Brasília sob pressão

O tamanho da mobilização já causa reverberação em Brasília. Fontes do Planalto indicam que o governo Lula monitorou o ato com preocupação, enquanto congressistas da oposição prometem acelerar a votação de projetos que tratam da anistia.

No STF, o clima é de tensão. Ministros avaliam que o protesto pode ser usado como justificativa para endurecer medidas contra Bolsonaro e aliados, aumentando o risco de novas decisões judiciais restritivas.

O que vem pela frente?

O protesto na Paulista marca um novo capítulo na disputa política brasileira. Com a oposição unida e Bolsonaro ainda no centro do debate, a pressão sobre o governo e o STF tende a crescer. Enquanto isso, os presos do 8 de janeiro seguem como símbolo de uma batalha que vai muito além do Judiciário – é uma guerra narrativa que define os rumos da democracia no Brasil.

Da Redação.

Jornalista


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