março 22, 2025 | by Ronaldo dos Reis

Em uma operação conjunta que envolveu a Polícia Federal (PF), a Brigada Militar do Rio Grande do Sul e a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), um morador de Porto Alegre foi indiciado por planejar e promover atos terroristas, além de disseminar conteúdo de ódio religioso e racial. A investigação, denominada Operação Mujahidin, trouxe à tona detalhes alarmantes sobre as atividades do suspeito, que mantinha conexões com extremistas no exterior e possuía um vasto arsenal bélico em sua residência.
A investigação teve início após a identificação de um perfil em uma rede social que promovia grupos e líderes ligados a organizações terroristas internacionais, como a Al-Qaeda e o Estado Islâmico. Além disso, o usuário publicava conteúdos preconceituosos e de incitação ao ódio religioso, com foco na comunidade judaica. Essas postagens chamaram a atenção das autoridades, que iniciaram um monitoramento detalhado das atividades online do suspeito.
Durante o inquérito, a PF constatou que o suspeito mantinha contato com extremistas no exterior e demonstrava interesse em se unir a organizações terroristas. Foram identificadas pesquisas realizadas pelo indivíduo sobre a execução de atentados, fabricação de explosivos e vestimentas adequadas para ações terroristas. Essas evidências apontam para um planejamento ativo de possíveis ataques em território nacional.
Na operação, as autoridades apreenderam uma grande quantidade de armas brancas, como facas e machadinhas, além de simulacros de armas de fogo, armas de pressão e armas de airsoft. Também foram encontrados soqueiras, bastões, porretes, colete balístico, munições, material incendiário e gás de pimenta. Entre os itens apreendidos, destacam-se bandeiras, camisetas, flâmulas, vídeos, livros e revistas vinculados a grupos terroristas, além de materiais que promovem a supremacia branca, o nazismo e a incitação ao extermínio do povo judeu.
O indiciado poderá responder por crimes previstos na Lei Antiterrorismo (Lei 13.260/2016) e na legislação que combate o racismo e a disseminação de ódio no país. A conclusão da investigação e o encaminhamento do relatório final à Justiça Federal ressaltam a gravidade das ações do suspeito e a ameaça que representava à segurança nacional.
A Operação Mujahidin exemplifica a eficácia da cooperação entre diferentes agências de segurança no combate ao terrorismo e à disseminação de ideologias extremistas. A parceria entre a PF, a Brigada Militar e a ABIN foi crucial para a identificação, monitoramento e neutralização da ameaça representada pelo suspeito.
Este caso serve como um alerta para a sociedade sobre a presença de indivíduos radicalizados que podem representar riscos significativos à segurança pública. A disseminação de ideologias extremistas, especialmente através das redes sociais, destaca a necessidade de vigilância contínua e de mecanismos eficazes para identificar e neutralizar tais ameaças.
A conclusão da Operação Mujahidin e o indiciamento do suspeito demonstram o compromisso das autoridades brasileiras em combater o terrorismo e a disseminação de ódio religioso e racial. A sociedade deve permanecer atenta e colaborar com as autoridades, denunciando atividades suspeitas que possam ameaçar a paz e a segurança de todos.
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