Como evitar o golpe do falso aluguel?
Especialista alerta sobre fraudes e dá dicas de segurança
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Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o país apresentou mais de 1,9 milhões de casos de estelionatos somente no ano passado. Isso significa que um brasileiro é vítima de golpe a cada 16 segundos. Dentro desse contexto preocupante, o setor imobiliário é um dos maiores alvos por parte dos criminosos. De acordo com informações divulgadas pela Câmara Brasileira da Indústria de Construção (CBIC) as fraudes na área tiveram um aumento de 26% nos últimos anos.
Com o aumento da digitalização do mercado imobiliário, os golpes do falso aluguel têm se tornado cada vez mais frequentes. De acordo com a ABMI (Associação Brasileira do Mercado Imobiliário), essa nova forma de golpe tem se espalhado no setor. Fraudadores criam perfis falsos em redes sociais, utilizando fotos e informações extraídas de sites de imobiliárias renomadas, e se fazem passar por corretores para enganar consumidores.
Quando um interessado demonstra vontade de visitar um imóvel residencial ou comercial anunciado, os golpistas convencem a vítima a realizar um pagamento via Pix, como suposta taxa de visitação, prática que não faz parte dos procedimentos das imobiliárias. Além de prejudicar os consumidores, os criminosos ainda utilizam indevidamente a credibilidade de empresas com longa trajetória no segmento.
Para Pedro de Cicco, COO da proptech Plaza especialista em sistemas de crédito e antifraude online, a falta de verificação adequada e a pressa em fechar um bom negócio são fatores que favorecem essas fraudes.
“Desconfie de anúncios com preços muito abaixo do mercado, de locadores que pedem pagamento antecipado sem contrato formal e de negociações que ocorrem exclusivamente por aplicativos de mensagens. Sempre verifique se o imóvel realmente existe e se o anunciante tem credibilidade no mercado, o corretor de imóveis oferece segurança tanto para o locador quanto para o locatário, protegendo ambos contra os golpes”, explica o especialista. Confira algumas dicas:
- Confira o registro do corretor: Verifique o número de registro do corretor no anúncio e consulte o site do Creci-SP para confirmar se o profissional é devidamente registrado.
- Desconfie de pedidos de adiantamento: Desconfie de solicitações de pagamento antecipado para reservar o imóvel. O corretor pode pedir um depósito para garantir a reserva, mas o aluguel não deve ser pago antes da assinatura do contrato.
- Tente confirmação com funcionários: Ao visitar o imóvel, converse com funcionários do condomínio, como zeladores e porteiros, para confirmar a autenticidade do anúncio.
- Feche o negócio pessoalmente: Sempre que possível, finalize a negociação pessoalmente no escritório do corretor para evitar riscos de fraudes online.
- Consulte o portal do Creci-SP: Use o portal do Creci-SP para consultar imóveis anunciados por corretores e imobiliárias credenciadas, garantindo maior segurança na negociação.
Inteligência artificial surge como aliada
Independente do método escolhido, a grande verdade é que os golpistas estão se aproveitando do sistema burocrático e ineficiente do segmento. É justamente aí que o recente avanço da inteligência artificial se apresenta como um divisor de águas.
Graças a sua capacidade de análise rápida e abrangente, a tecnologia é capaz de avaliar milhares de documentos, sejam municipais, estaduais ou federais, em questão de segundos. “Ao verificar registros em larga escala, a IA identifica títulos suspeitos de forma imediata, algo inviável aos métodos tradicionais de validação. Além disso, graças a machine learning, o recurso está apto a aprender a cada novo caso de fraude identificada, ajustando-se constantemente e potencializando suas capacidades de detecção de forma contínua”, afirma Pedro.
Fonte: Renato Caliman/PR Specialist
Da Redação.
Jornalista
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