Hamas Avalia Trégua Plurienal no Cairo

Catar e Egito propõem paz duradoura e novo governo em Gaza

Mediadores do Catar e do Egito apresentaram ao Hamas, nesta semana, uma ambiciosa proposta de cessar-fogo que pode redefinir o futuro da Faixa de Gaza. A iniciativa, relatada pela BBC com base em uma fonte palestina sênior, inclui uma trégua de cinco a sete anos, a libertação de todos os reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos e a retirada completa das forças israelenses do território. O plano também prevê a criação de uma nova autoridade governamental em Gaza, potencialmente encerrando o controle do Hamas, que domina o enclave desde sua violenta ascensão ao poder em 2007.

Segundo a fonte, o Hamas sinalizou abertura para transferir o governo de Gaza a um novo órgão palestino, que teria aprovação em níveis nacional e regional. Essa concessão marca uma mudança significativa na postura do grupo, que rejeitou, dias atrás, uma proposta israelense de cessar-fogo de seis semanas em troca de desarmamento e libertação de reféns. A delegação sênior do Hamas é esperada no Cairo nos próximos dias para negociar os detalhes da nova proposta, enquanto Israel, até o momento, não emitiu confirmação oficial sobre a iniciativa.

O plano surge em um contexto de intensos esforços diplomáticos para pôr fim ao conflito que se agravou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023. Naquela data, terroristas liderados pelo grupo invadiram o sul de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas – a maioria civis – e sequestrando 251 indivíduos, muitos ainda em cativeiro. Em resposta, Israel lançou uma ampla campanha militar contra o Hamas, com o objetivo declarado de desmantelar a organização e garantir a libertação de todos os reféns. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reiterou que não aceitará qualquer acordo que permita ao Hamas manter o poder ou se rearmar.

A proposta de trégua plurianual representa uma tentativa ousada de romper o ciclo de violência que há décadas assola a região. A ideia de uma nova governança em Gaza, sem o Hamas, é vista como um ponto de inflexão, mas enfrenta desafios significativos. O grupo, designado como organização terrorista por diversos países, incluindo Estados Unidos e União Europeia, consolidou seu controle sobre Gaza ao longo de quase duas décadas, suprimindo dissidências internas e mantendo uma estrutura militar robusta. Transferir o poder a outra entidade palestina exigiria não apenas o aval do Hamas, mas também um consenso entre facções palestinas rivais, como a Autoridade Palestina, que governa partes da Cisjordânia.

Do lado israelense, a proposta pode encontrar resistência. Netanyahu enfrenta pressões internas de uma coalizão de governo que inclui partidos de extrema-direita, muitos dos quais defendem uma postura intransigente contra o Hamas. Qualquer acordo que envolva a retirada total de Gaza será minuciosamente avaliado, especialmente à luz das preocupações de segurança de Israel, que teme que o Hamas ou outros grupos armados possam se reconstituir. Além disso, a libertação de prisioneiros palestinos, muitos dos quais condenados por atos de terrorismo, é um tema sensível para a opinião pública israelense.

As negociações no Cairo, mediadas por Catar e Egito, são um teste crucial para a diplomacia regional. Ambos os países têm longa experiência em intermediar acordos entre Israel e o Hamas, mas a escala desta proposta – com uma trégua de longo prazo e mudanças estruturais em Gaza – é inédita. Enquanto as conversas avançam, o mundo observa com cautela, ciente de que o sucesso ou o fracasso dessas negociações pode moldar o futuro do conflito israelo-palestino por anos.

Até a manhã de terça-feira, 22 de abril de 2025, o Gabinete do Primeiro-Ministro de Israel não havia comentado publicamente os esforços de mediação. A comunidade internacional, incluindo a ONU e potências ocidentais, acompanha de perto, na esperança de que um acordo possa trazer alívio humanitário a Gaza, onde a população enfrenta condições críticas devido ao conflito prolongado.

Fonte: JNS

Da Redação.

Jornalista

Ronaldo dos Reis

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Ronaldo dos Reis é jornalista, formado na Universidade Metodista de Piracicaba, pastor, formado bacharel em teologia pela Igreja Batista da Redenção. É também formado em Tecnologia em Marketing pela Universidade do Paraná. Tem formação em Coaching com especialização em emagrecimento definitivo e Programação Neurolinguística (PNL) aplicada ao Coaching e formação em Master Coaching, com especialização em Hipnose Clínica, pela Sociedade Internacional do Mindset (S.I.M.), presidida por Edson Burger.
Minha missão de vida é ajudar as pessoas a alcançar seus sonhos, objetivos e metas, voltados para o desenvolvimento humano, espiritual, autoconhecimento e equilíbrio físico, mental e emocional. Acredito em Deus, na família, no trabalho, na honestidade, no empreendedorismo, na liberdade de expressão e no nosso Brasil.

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