Com a decisão, Moraes mantém a inelegibilidade de ambos por oito anos. Entenda o caso aqui.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, rejeitou um recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-ministro Walter Braga Netto (PL) contra a condenação por abuso de poder durante as comemorações do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022.
A defesa de Jair Bolsonaro e Braga Netto havia apresentado um “recurso extraordinário”, uma espécie de “contestação prévia” necessária para levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Na decisão, Alexandre de Moraes justificou a negativa por questões processuais. “A controvérsia foi decidida com base nas peculiaridades do caso concreto, de modo que alterar a conclusão do acórdão recorrido pressupõe revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos, providência que se revela incompatível com o Recurso Extraordinário”, escreveu.
Apesar da decisão desfavorável no TSE, Bolsonaro e Braga Netto ainda podem recorrer ao STF, que é a última instância do Judiciário.
Entenda o caso:
Em outubro do ano passado, o TSE decidiu, por 5 votos a 2, pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto. A Corte concluiu que ambos cometeram abuso de poder político ao utilizarem as comemorações oficiais do 7 de Setembro de 2022 para fins eleitorais.
Além da inelegibilidade, o tribunal aplicou multas de R$ 425,6 mil a Bolsonaro e de R$ 212,8 mil a Braga Netto por práticas vedadas a agentes públicos.