CEO do Mission Brasil explica que a coleta de dados ajuda as empresas a adequarem às suas ações às demandas de mercado e do seu público-alvo
De acordo com um estudo da TOTVS feito em parceria com a H2R Pesquisas Avançadas, 98% das empresas brasileiras coletam algum tipo de dado dos consumidores. Números como esse ressaltam a importância das pesquisas diante do competitivo e dinâmico mercado atual, uma vez que promovem um grande amparo para a definição de estratégias de diferentes negócios.
Segundo Thales Zanussi, fundador e CEO do Mission Brasil, referência em digital outsourcing e staff on demand no país, esse recurso permite à companhia realizar ações personalizadas, conforme os seus objetivos. “É possível entender aspectos ligados à concorrência, ao mercado em geral e, principalmente, ao comportamento do cliente. Assim, as lideranças passam a ter uma visão mais clara e direcionada de como atingir o público-alvo e acelerar o processo de crescimento”, diz.
O especialista também destaca que as pesquisas podem ser úteis na implementação de diversas estratégias, sejam elas de “expansão, lançamento de produtos ou marketing”. Inclusive, dentro dessa última área, o próprio estudo da TOTVS revela que 70% das empresas reconhecem a importância do uso intensivo de dados nas para suas estratégias de comunicação.
Como é realizada uma pesquisa?
A produção de uma pesquisa geralmente envolve a preparação de um formulário, seja digital ou físico, que é apresentado aos clientes. Normalmente, esse processo é realizado por áreas específicas da empresa ou até por meio do modelo de trabalho sob demanda, em que profissionais especializados na coleta desses insights são contratados para cumprir essa demanda pontual.
Os dados levantados também podem ser colhidos visando cidades específicas ou em todo o país, considerando uma margem de respondentes para que os resultados sejam mais assertivos. Para Zanussi, esses aspectos tendem a aumentar a qualidade das informações obtidas, já que a empresa consegue adequar o procedimento à sua realidade.
“É claro que há alguns padrões, mas as melhores pesquisas são aquelas que envolvem as metodologias próprias das empresas, que se alinham às suas necessidades”, destaca o executivo. “Esse nível de customização é fundamental para formar uma base de dados sólida, confiável e relevante, que forneça insumos para a tomada de decisões estratégicas”, complementa.
Adaptação ao futuro do mercado
Hoje, as pesquisas conduzidas pelas próprias empresas também têm sido utilizadas como um recurso para elas se adaptarem aos avanços tecnológicos e às mudanças do mercado sem deixarem de lado as suas metas. O CEO explica que isso traz um fator de “exclusividade”, que pode ser útil na incorporação de tendências ao portfólio e aos processos da companhia.
“Fontes externas, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também podem contribuir para o avanço de uma organização em vários setores. No entanto, a coleta de dados interna sempre será uma ponte mais sólida entre os interesses do grupo empresarial e as expectativas dos consumidores, permitindo a produção de soluções mais eficazes e detalhadas”, conclui o executivo.