OMM, que vem monitorando o curso do ciclone no Caribe, informou que, futuramente, deveremos esperar mais tempestades similares
A Organização Meteorológica Mundial (OMM), pertencente às Nações Unidas (ONU), que vem monitorando o curso mortal do furacão Beryl no Caribe, informou a agência AFP que, futuramente, deveremos esperar mais tempestades similares.
Segundo o órgão, o ciclone tropical recorde acabou por se intensificar com rapidez e ganhou energia sobre o Oceano Atlântico, que está mais quente que o habitual. Ele vem se desenvolvendo em sistema mais fortes.
Imagem de satélite de avião dos Caçadores de Furacão voando em olho de furacão (Imagem: NOAA/YouTube)
Segundo Anne-Claire Fontan, diretora científica do programa de ciclones tropicais da OMM, informou à agência que o Beryl indica que teremos uma temporada de furacões bem ativa no Atlântico este ano.
Desenvolvimento do furacão Beryl
- Segundo Fontan, o Beryl se desenvolveu rapidamente em área incomum para esta época do ano;
- Ela indicou que o fenômeno natural atingiu categoria 4 no mês passado, e “foi o mais cedo que já vimos”. Na sequência, ele já atingiu categoria 5, havendo, então, intensificação muito rápida;
- Vale lembrar que os furacões vão de categoria 1 (velocidade entre 119 km/h a 153 km/h) até 5 (velocidade maior ou igual a 252 km/h);
- A diretora científica afirmou também que o furacão atingiu a categoria 5 logo no início da temporada. “É, realmente, muito incomum. O furacão Beryl realmente quebrou recordes”, pontuou;
- Ela também disse que, por mais de um ano, houve anomalia positiva significativa de água quente na região.
- Isso é muita energia para os ciclones, já que eles se alimentam da energia do oceano. Com sistema tão poderoso, tão cedo na temporada de furacões, isso sugere […] uma temporada muito ativa para 2024.
Anne-Claire Fontan, diretora científica do programa de ciclones tropicais da OMM, em entrevista à AFP
Veja, abaixo, um vídeo com a evolução do Beryl:
Após deixar o Caribe, o fenômeno climático se dirigirá à Península de Yucatán, região do México. Os especialistas esperam ventos violentos, mesmo que ele diminua de velocidade. Depois, o furacão deve ir para o Golfo do México. Contudo, há certa incerteza para onde ele irá, mas espera-se que ele enfraqueça bastante.
“Ao retornar para águas quentes, pode se intensificar. Então é aqui que há incerteza… Resta saber se será no México ou no Texas (depois)”, prosseguiu Fontan.