Netanyahu critica Londres, Ottawa e Paris por exigirem fim da guerra

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Países oferecem “prêmio” ao Hamas, diz premiê israelense

Jerusalém, 19 de maio de 2025 – O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lançou duras críticas aos líderes de Reino Unido, Canadá e França após os três países emitirem um comunicado conjunto exigindo o cessar imediato das operações militares de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza. Em resposta, Netanyahu acusou Londres, Ottawa e Paris de oferecerem um “grande prêmio” ao grupo terrorista responsável pelo ataque de 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de mais de 250 civis.

Contexto do Conflito

A guerra em Gaza, iniciada após o ataque surpresa do Hamas em 7 de outubro de 2023, continua a gerar tensões internacionais. O ataque, descrito por Israel como “genocida”, envolveu a invasão de comunidades israelenses próximas à fronteira, com assassinatos em massa e sequestros. Desde então, as Forças de Defesa de Israel (IDF) intensificaram operações na região, buscando desmantelar a infraestrutura militar do Hamas e garantir a libertação dos reféns. No entanto, a escalada do conflito tem gerado críticas globais devido ao impacto humanitário em Gaza.

Declaração de Netanyahu

Em um comunicado oficial, Netanyahu afirmou que exigir o fim da guerra antes da destruição completa do Hamas equivale a recompensar o terrorismo. “Ao pedir a Israel que acabe com uma guerra defensiva para nossa sobrevivência antes que os terroristas do Hamas em nossa fronteira sejam destruídos, e ao exigir um Estado palestino, os líderes em Londres, Ottawa e Paris estão convidando mais atrocidades”, declarou. Ele reiterou que a guerra só terminará com a libertação dos reféns, a rendição do Hamas, a saída de seus líderes e a desmilitarização de Gaza.

Netanyahu também destacou o apoio de Israel à visão de paz do presidente dos EUA, Donald Trump, e pediu que os líderes europeus sigam o mesmo caminho. “Esta é uma guerra de civilização contra a barbárie. Israel continuará a se defender por meios justos até que a vitória total seja alcançada”, concluiu.

Reação Internacional

Na segunda-feira, 18 de maio de 2025, Reino Unido, Canadá e França emitiram um comunicado conjunto condenando a expansão das operações militares israelenses em Gaza. Os países expressaram preocupação com o “intolerável sofrimento humano” na região e criticaram a decisão de Israel de limitar a entrada de ajuda humanitária. Embora reconheçam o direito de Israel à autodefesa após o ataque de 7 de outubro, os três países classificaram a atual ofensiva como “desproporcional” e ameaçaram “ações concretas” caso Israel não suspenda suas operações.

O comunicado também reforçou o apoio à solução de dois Estados, com uma conferência internacional marcada para o próximo mês em Nova York, co-presidida por Arábia Saudita e França. “Essas negociações são a única maneira de garantir paz e segurança duradouras para israelenses e palestinos”, afirmaram os líderes.

Resposta de Israel

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, também reagiu com veemência. Em uma postagem no X, ele classificou como “uma desgraça” o fato de o Hamas ter elogiado a declaração dos três países, que o grupo terrorista considerou “um passo na direção certa”. Durante discurso na Assembleia Geral do Congresso Judaico Mundial, Sa’ar reforçou a soberania de Israel: “Somos uma nação orgulhosa e independente, lutando por nossa existência. Não aceitaremos ditados externos sobre nossa segurança.”

Implicações Regionais

A posição de Londres, Ottawa e Paris reflete a crescente pressão internacional sobre Israel para buscar uma resolução diplomática. No entanto, a insistência de Netanyahu em prosseguir com a ofensiva até a “vitória total” sinaliza que o conflito pode se prolongar, agravando a crise humanitária em Gaza e as tensões com aliados ocidentais. A proposta de um Estado palestino, defendida pelos três países, é vista por Israel como uma ameaça à sua segurança, especialmente enquanto o Hamas mantiver influência na região.

Perspectivas Futuras

A conferência internacional em Nova York será um teste crucial para as negociações de paz. Enquanto isso, a retórica de Netanyahu e a resposta de Sa’ar indicam que Israel manterá sua postura firme, priorizando a eliminação do Hamas. A comunidade internacional, por sua vez, enfrenta o desafio de equilibrar o apoio ao direito de defesa de Israel com a necessidade de aliviar o sofrimento em Gaza.

Fonte: Jewish News Syndicate (JNS).

Da Redação.

Jornalista


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