Netanyahu e Trump se reúnem na Casa Branca sob tensão geopolítica

Líderes discutirão tarifas, Gaza, Irã e realocação de palestinos
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, desembarca nesta segunda-feira na Casa Branca para um encontro de alto nível com o presidente dos EUA, Donald Trump. A reunião ocorre em um momento crítico, marcado pela intensificação dos ataques israelenses em Gaza, preocupações com o programa nuclear iraniano e a recente imposição de tarifas sobre produtos israelenses.
Tarifas e Tensões Comerciais
No topo da agenda está a decisão de Washington de impor tarifas escalonadas de 17% sobre importações israelenses – 10% já em vigor desde 5 de abril e mais 7% a partir de 9 de abril. A medida, que afeta setores como tecnologia e agricultura, foi discutida em uma ligação recente entre os líderes, com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, presente. Trump afirmou que o tema será prioridade: “Precisamos equilibrar nosso comércio”, disse à imprensa.
Gaza e a Polêmica da Realocação
Enquanto as Forças de Defesa de Israel (FDI) avançam em Rafah, o plano de realocação voluntária de palestinos volta ao debate. Fontes diplomáticas revelaram que Israel negocia com “vários países” para reassentar civis de Gaza, sem citar nomes. “A visão de Trump segue em pé”, afirmou uma fonte à JNS. O presidente reiterou: “Estamos comprometidos com a realocação”, mas evitou detalhes sobre o destino dos deslocados.
Irã e o Tribunal Penal Internacional
Outro ponto sensível é a pressão contra o programa nuclear iraniano. Trump sinalizou abertura a diálogo direto: “O Irã está interessado em negociar”, declarou, sem explicar como isso se alinha com as sanções vigentes. Paralelamente, Israel busca frear investigações do TPI por supostos crimes de guerra em Gaza – tema que deve render acordos bilaterais.
Logística Sob Medida
A viagem de Netanyahu exigiu ajustes: o ministro da Defesa, Israel Katz, adiou sua ida aos EUA devido à regra que proíbe a ausência simultânea de ambos durante a guerra. O primeiro-ministro, que já esteve três vezes em solo americano desde o início do conflito, tenta reforçar a imagem de unidade com Washington, mesmo após atritos com a Casa Branca sobre ajuda humanitária a Gaza.
O Que Esperar?
Analistas preveem declarações conjuntas sobre “contenção ao Irã” e possíveis flexibilizações tarifárias em troca de concessões israelenses. Mas o fantasma da operação em Rafah e a crise humanitária podem ofuscar os acordos. Enquanto isso, famílias de reféns pressionam por um novo cessar-fogo – demanda que Netanyahu prometeu levar a Trump.
Fonte: JNS.
Da Redação.
Jornalista
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