Panasonic corta 10 mil vagas em reestruturação global

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2 mil funcionários no Brasil podem ser afetados por plano, acorda Brasil!

A Panasonic Holdings, conglomerado japonês conhecido por sua forte presença no mercado de eletrônicos, anunciou um plano de reestruturação global que resultará na eliminação de 10 mil postos de trabalho, equivalente a cerca de 4% de sua força de trabalho atual. A medida, que visa aumentar a eficiência operacional e a lucratividade, terá impacto significativo em suas operações, incluindo no Brasil, onde a empresa emprega aproximadamente 2 mil pessoas.

Contexto da reestruturação

O plano de cortes, que será implementado até o fim do ano fiscal de 2025 (março de 2026), foi motivado pela necessidade de a Panasonic se adaptar a um mercado global cada vez mais competitivo. Metade das demissões ocorrerá no Japão, enquanto os outros 5 mil cortes serão distribuídos pelas operações internacionais, embora os países e unidades afetados não tenham sido especificados no anúncio oficial. O custo estimado da reestruturação é de 150 bilhões de ienes (cerca de R$ 5,8 bilhões), com foco na redução de despesas em departamentos administrativos e de vendas, áreas identificadas como prioritárias para revisão.

A empresa busca alcançar um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 10% até março de 2029, com um lucro operacional ajustado de pelo menos 600 bilhões de ienes (R$ 23 bilhões) até março de 2027. Para isso, a Panasonic planeja reestruturar seu portfólio de eletrônicos de consumo, racionalizar investimentos em tecnologia da informação e encerrar negócios considerados deficitários. A estratégia reflete uma tentativa de se reposicionar em um mercado dominado por concorrentes asiáticos e pela rápida evolução tecnológica.

Setor de energia como prioridade

Enquanto algumas divisões enfrentam cortes, o setor de energia foi destacado como estratégico. A Panasonic é uma das principais fornecedoras de baterias para veículos elétricos, atendendo gigantes como a Tesla, de Elon Musk. A empresa projeta um crescimento de 39% no lucro operacional dessa divisão no atual ano fiscal, esperando atingir 167 bilhões de ienes (R$ 6,5 bilhões), superando os 120,2 bilhões de ienes (R$ 4,7 bilhões) do período anterior. Esse desempenho é visto como pilar central para sustentar os ambiciosos objetivos financeiros da companhia.

Impactos no Brasil

No Brasil, a Panasonic opera desde 1967 e mantém uma presença robusta com três fábricas e um escritório administrativo. A unidade de São José dos Campos (SP) produz pilhas e componentes eletrônicos, enquanto a planta de Manaus (AM) fabrica itens automotivos e micro-ondas. Já a fábrica de Extrema (MG) é dedicada à produção de eletrodomésticos da linha branca, como geladeiras e máquinas de lavar, com foco em sustentabilidade. Juntas, essas unidades empregam cerca de 2 mil trabalhadores.

Embora a Panasonic não tenha detalhado como os cortes globais afetarão o Brasil, a possibilidade de impactos nas operações locais gera preocupação. A subsidiária brasileira tem papel relevante no mercado nacional, especialmente no segmento de eletrodomésticos e componentes automotivos. Representantes sindicais e trabalhadores aguardam informações sobre eventuais demissões, enquanto analistas apontam que a reestruturação pode priorizar a redução de custos em unidades com menor lucratividade.

Perspectivas e desafios

O plano de reestruturação da Panasonic reflete uma tendência observada em grandes conglomerados globais, que buscam se adaptar a mudanças econômicas e tecnológicas. No entanto, a execução de demissões em massa traz desafios, como a gestão da imagem corporativa e o impacto nas comunidades locais. No Brasil, onde o desemprego já é uma questão sensível, cortes na Panasonic podem agravar a situação em regiões como Manaus e Extrema, que dependem economicamente de suas fábricas.

A empresa prometeu conduzir o processo com transparência, oferecendo suporte aos funcionários afetados, como programas de recolocação e indenizações. Ainda assim, o sucesso da reestruturação dependerá da capacidade da Panasonic de equilibrar a redução de custos com investimentos em áreas de alto crescimento, como o setor de baterias, e de manter sua competitividade em um mercado dinâmico.

Fonte: CNN.

Da Redação.

Jornalista


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