Pesquisa mostra Lula atrás de rivais para 2026

Levantamento do instituto GERP indica cenário desafiador para reeleição presidencial
Nova pesquisa eleitoral divulgada pela revista Exame revela um panorama complexo para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas simulações para a eleição presidencial de 2026. O levantamento, realizado pelo instituto Gerp entre os dias 22 e 27 de agosto, aponta que o petista enfrentaria dificuldades em cenários de segundo turno contra os principais nomes da oposição.
O estudo, baseado em entrevistas telefônicas com 2.000 eleitores de todo o país, indica que Lula seria derrotado por três adversários principais: o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Contra os demais nomes testados, o presidente atual aparece tecnicamente empatado dentro da margem de erro de 2,24 pontos percentuais.
Cenários de Segundo Turno
Na reedição hipotética do confronto de 2022, Bolsonaro registraria 49% das intenções de voto contra 38% de Lula – uma diferença de 11 pontos percentuais que supera a margem de erro. Vale ressaltar que Bolsonaro está atualmente inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e não poderia disputar o pleito sem uma mudança no entendimento judicial.
Michelle Bolsonaro aparece como outro nome forte da oposição, superando Lula por 48% a 37% em uma simulação de segundo turno. O governador paulista Tarcísio de Freitas também se mostra competitivo, com 46% das intenções contra 37% do petista.
Nos demais confrontos diretos simulados, Lula aparece tecnicamente empatado com Eduardo Bolsonaro (39% a 43%), Ciro Gomes (34% a 38%), Ratinho Jr. (36% a 40%), Romeu Zema (39% a 36%), Ronaldo Caiado (38% a 36%) e Pablo Marçal (38% a 35%). O presidente está numericamente à frente apenas contra os últimos três nomes, mas dentro da margem de erro estatística.
Primeiro Turno: Cenário Fragmentado
No primeiro turno, considerando a presença de Bolsonaro na disputa, o ex-presidente aparece com 38% das intenções de voto, seguido por Lula com 32%. Nenhum outro candidato ultrapassaria os dois dígitos: Ciro Gomes registra 5%, Ratinho Jr. tem 4%, e Romeu Zema marca 3%.
Em cenários alternativos sem Bolsonaro, Lula assume a liderança com 31% das intenções. Tarcísio de Freitas apareceria em segundo lugar com 20%, enquanto Eduardo Bolsonaro registraria o mesmo percentual em simulação específica. Quando Michelle Bolsonaro é testada, ela empata tecnicamente na liderança com o petista.
Evolução dos Números
Um aspecto positivo para o atual presidente é a evolução das intenções de voto em relação ao levantamento anterior. No cenário com Bolsonaro, Lula cresceu de 26% para 32%, enquanto o ex-presidente caiu de 42% para 38%. Segundo a pesquisa, esse movimento de crescimento de Lula foi consistente em todos os cenários analisados.
Cenário sem Lula
O instituto também testou cenários com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) como candidato governista. Os resultados mostram que os votos de Lula não se transferem automaticamente para seu vice. Alckmin registra percentuais entre 14% e 15% nas simulações, aparecendo em segundo lugar nas disputas contra os principais nomes da oposição.
Interessante observar que a saída de Lula da disputa redistribui votos principalmente para candidatos de centro-esquerda. Ciro Gomes, por exemplo, subiria para 14% nas simulações com Alckmin, número bem superior aos 5% a 8% que obtém quando Lula está na corrida.
Metodologia e Contexto
A pesquisa foi realizada por meio do sistema CATI (entrevista telefônica assistida por computador) com margem de erro de 2,24 pontos percentuais para mais ou para menos, com grau de confiança de 95,55%.
Os números refletem um cenário político nacional marcado por alta polarização e fragmentação do eleitorado. Embora ainda faltem mais de 18 meses para as eleições de 2026, o levantamento oferece um retrato das tendências atuais do eleitorado brasileiro.
É importante destacar que pesquisas eleitorais capturam o momento específico em que são realizadas e podem variar significativamente ao longo do tempo, especialmente considerando eventos políticos, econômicos e sociais que podem influenciar as percepções dos eleitores.
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Fonte: Revista Exame / Instituto Gerp
Da Redação.
Jornalista
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