Rio Branco cobra justiça após erro de arbitragem no Paulistão A3

Representantes do Rio Branco e da FPF (Foto: Divulgação / RBEC)
Rio Branco pressiona FPF após erro de arbitragem que pode custar acesso à Série A2. FPF admite falha em gol anulado, mas clube exige reparação
O Rio Branco de Americana não esconde a insatisfação com a arbitragem na semifinal do Campeonato Paulista Série A3 contra o Monte Azul. Após um gol legítimo do atacante Johnny ter sido anulado por um impedimento inexistente, o clube foi à Federação Paulista de Futebol (FPF) exigir esclarecimentos. A entidade admitiu o erro, mas a decisão sobre possíveis reparações ainda é incerta.
Reunião tensa na FPF
Na manhã desta terça-feira (01), o presidente do Rio Branco, Claudio Bonaldo, e o vice Gilson Bonaldo estiveram na sede da FPF em São Paulo para uma reunião com o presidente Reinaldo Carneiro Bastos. Acompanhados pelo prefeito de Americana, Chico Sardelli, e pelo chefe de gabinete Franco Sardelli, os dirigentes cobraram uma posição mais firme da federação sobre o erro que pode custar ao clube o acesso à Série A2.
Segundo relatos, a FPF reconheceu o equívoco do assistente Leonardo Tadeu Pedro, que levantou a bandeira de impedimento no lance decisivo. No entanto, não há indicação de que o jogo será anulado ou repetido, o que deixa o Rio Branco em desvantagem para o segundo jogo, marcado para domingo (06), em Monte Azul.
O lance polêmico
No último sábado (29), o Rio Branco e o Monte Azul duelaram no Estádio Décio Vitta, em Americana, pela primeira partida da semifinal. O jogo terminou 1-0 para o Monte Azul, mas o placar poderia ter sido diferente se o gol de Johnny, aos 52 minutos do segundo tempo, não tivesse sido anulado.
Imagens e análises posteriores mostraram que o atacante estava em posição legal quando recebeu o passe. O erro do árbitro assistente gerou revolta nos torcedores e na diretoria do Rio Branco, que agora questiona a falta de recursos tecnológicos, como o VAR, nas divisões inferiores do futebol paulista.
FPF admite falha, mas evita falar em reparação
Em comunicado oficial, a FPF afirmou que “houve um erro humano no lance” e que “o árbitro assistente se equivocou ao marcar o impedimento”. No entanto, a entidade evitou comentar sobre possíveis medidas para corrigir a injustiça, como a anulação do resultado ou a repetição da partida.
Especialistas em direito desportivo apontam que, embora erros de arbitragem sejam passíveis de punição aos árbitros, dificilmente o resultado do jogo será alterado. O regulamento do Paulistão A3 não prevê o uso de replay ou revisão de lances polêmicos após o término da partida.
Segundo jogo decide acesso à A2
Com o placar desfavorável de 1-0, o Rio Branco precisa vencer no domingo (06), no Estádio Otacília Patrício Arroyo, em Monte Azul, para garantir o acesso à Série A2 de 2026. Se houver empate no agregado, a decisão irá para os pênaltis.
A pressão sobre a arbitragem será grande, e a FPF já sinalizou que escalará um trio de árbitros experientes para evitar novos erros. Enquanto isso, a torcida do Rio Branco espera que a justiça esportiva prevaleça, seja dentro ou fora de campo.
Repercussão nas redes sociais
A polêmica tomou conta das redes sociais, com torcedores e até ex-atletas criticando a falta de profissionalismo na arbitragem das divisões de acesso. Hashtags como #JustiçaParaORioBranco e #FPFPrecisaMudar viralizaram no X (antigo Twitter).
Enquanto isso, o Monte Azul se prepara para defender sua vantagem em casa. O clube do interior paulista busca voltar à Série A2 após anos nas divisões inferiores e afirma que “o resultado deve ser respeitado, independentemente de erros”.
O que esperar agora?
A menos que a FPF tome uma medida extraordinária, o Rio Branco terá que superar o revés dentro de campo. A diretoria do clube já sinalizou que pode recorrer à Justiça Comum se sentir que houve prejuízo esportivo irreparável.
Enquanto isso, o debate sobre a implementação de tecnologia para auxiliar árbitros nas divisões de acesso ganha força. Será esse o pontapé para mudanças no futebol paulista?
Da Redação.
Jornalista
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