Senado rejeita veto de Sanders a venda de armas para Israel

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Proposta de bloquear US$ 9 bilhões em armamentos foi derrotada por ampla maioria

Washington, 28 de março de 2025 — O Senado dos Estados Unidos rejeitou, nesta quinta-feira, duas resoluções apresentadas pelo senador independente Bernie Sanders (Vermont) que buscavam bloquear a venda de US$ 8,8 bilhões em armamentos para Israel. A proposta foi derrotada por margens expressivas (15 a 82 e 15 a 83), com apenas um grupo minoritário de democratas apoiando a medida.

As resoluções visavam impedir a transferência de kits de orientação de bombas, penetradores e munições de grande porte, incluindo bombas de 2.000 e 500 libras. Sanders argumentou que essas armas estariam sendo usadas em “ataques aéreos ilegais” em Gaza, onde mais de 30.000 palestinos morreram desde o início do conflito com o Hamas, em outubro de 2023.

Divisão partidária e críticas

O senador Jim Risch (Republicano-Idaho), líder da Comissão de Relações Exteriores, classificou as resoluções como “equivocadas” e afirmou que elas “abandonariam Israel em um momento crucial”.

“Ninguém no mundo está apoiando o Hamas, exceto algumas pessoas equivocadas nesta organização”, declarou Risch, em referência aos críticos da política militar israelense.

Já Sanders, em discurso antes da votação, defendeu que os EUA não devem financiar uma campanha militar que “matou indiscriminadamente civis, incluindo mais de 14.000 crianças”.

“Não podemos continuar sendo cúmplices de uma guerra que está causando sofrimento humano em escala massiva”, afirmou o senador.

Democratas divididos

Dos 15 votos favoráveis, destacou-se o do recém-empossado senador Andy Kim (Nova Jersey), que substituiu Bob Menendez, conhecido por seu forte apoio a Israel. Kim justificou seu voto citando a “brutalidade do Hamas” e a “negligência do governo Netanyahu com civis palestinos”.

“Bloquear ajuda humanitária a Gaza é inaceitável. A segurança de Israel não justifica ignorar a crise humanitária”, disse Kim.

Por outro lado, senadores como Angus King (Independente-Maine), que haviam apoiado resoluções semelhantes em novembro, mudaram de posição. King alegou que vetar a venda de armas poderia “incentivar o Hamas a resistir a um cessar-fogo”.

Reação de grupos pró-Israel

O AIPAC (Comitê Americano-Israelense de Ação Política) comemorou a derrota das resoluções, classificando-a como uma “reafirmação do apoio bipartidário a Israel”.

“A maioria do Senado rejeitou os esforços perigosos de Sanders para minar a segurança de nosso aliado”, disse o grupo em comunicado.

Contexto do conflito

A votação ocorre em meio a crescentes tensões entre o governo Biden e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Enquanto os EUA pressionam por uma trégua e a libertação de reféns, Israel mantém operações militares em Rafah, no sul de Gaza, onde mais de 1,4 milhão de palestinos estão deslocados.

Analistas apontam que a rejeição às resoluções de Sanders reflete a continuidade da política de apoio militar a Israel, mesmo com críticas internas ao alto número de baixas civis.

Fonte: JNS (Jewish News Syndicate)

Da Redação.

Jornalista


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