junho 3, 2025 | by Ronaldo dos Reis

Uma investigação recente da CNN Brasil revelou um esquema alarmante de comercialização ilegal de dados de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Por apenas R$ 150, é possível adquirir uma lista com informações sensíveis de 500 pessoas, incluindo nome completo, CPF, data de nascimento, endereço, nome da mãe, valor da aposentadoria, telefones e e-mails. O pacote abrange todos os estados brasileiros, com opções mais amplas: 10 mil nomes por R$ 450 ou dados de um estado inteiro por R$ 600.
O público-alvo desse mercado ilícito são advogados que utilizam as informações para prospectar clientes e iniciar processos judiciais. A prática, além de antiética, é expressamente proibida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e viola a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que protege informações pessoais e exige consentimento explícito para seu uso. A revelação expõe uma grave falha na segurança de dados do INSS, levantando preocupações sobre a privacidade de milhões de aposentados e pensionistas.
Outro capítulo preocupante veio à tona por meio de uma reportagem do portal Metrópoles. Em 13 de março de 2023, o então secretário do Regime Geral da Previdência Social, Adroaldo da Cunha Portal (PDT), reuniu-se com Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, sem registro na agenda oficial. O encontro, descoberto via Lei de Acesso à Informação, ocorreu das 10h37 às 11h07, com a presença de representantes de correspondentes bancários de empréstimos consignados.
Apontado pela Polícia Federal como peça-chave na Operação Sem Desconto, o “Careca do INSS” é acusado de articular fraudes envolvendo descontos associativos ilegais em benefícios previdenciários. Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), entre 2019 e 2024, cerca de 7,6 milhões de beneficiários sofreram cobranças indevidas, com prejuízos estimados em mais de R$ 6 bilhões. Adroaldo Portal, atual secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, nega conhecer o lobista e afirma que o tema da reunião era a taxa de juros do consignado, não fraudes. Ele alega ter sido orientado por uma assessora a receber o grupo.
A omissão do encontro na agenda oficial viola normas de transparência da administração pública, que exigem o registro de reuniões com agentes externos, especialmente em temas sensíveis como crédito consignado. A falta de documentação alimenta suspeitas de lobby velado e influência indevida, minando a confiança na gestão do INSS. A Operação Sem Desconto já resultou no afastamento de diretores e expôs o envolvimento de sindicatos, associações e políticos em esquemas que lesaram milhões de beneficiários.
A combinação da venda ilegal de dados com reuniões não registradas intensifica o cenário de crise na gestão previdenciária do governo Lula. A ausência de controles robustos e de explicações convincentes por parte de Adroaldo Portal aumenta a pressão por investigações mais profundas e medidas rigorosas para proteger os dados e os direitos dos aposentados.
A comercialização de dados do INSS fere diretamente a LGPD, que prevê multas e sanções para o uso indevido de informações pessoais. A OAB também condena a prática, que compromete a ética profissional e explora vulneráveis. Já as fraudes de descontos associativos revelam uma rede complexa de operadores que se aproveitam de brechas no sistema previdenciário, gerando bilhões em prejuízos.
O escândalo expõe a fragilidade do INSS em proteger dados e benefícios, afetando a confiança de milhões de brasileiros. A gestão Lula enfrenta o desafio de reforçar a segurança, punir responsáveis e restaurar a credibilidade do sistema. A sociedade exige respostas rápidas e eficazes para coibir essas práticas.
Veja o vídeo:
O DESRESPEITO DO DESGOVERNO LULA CONTRA APOSENTADOS CONTINUA!
O furo de reportagem foi do Pedro Duran da CNN Brasil e prova como o INSS do Lula continua lesando milhões de aposentados e pensionistas! pic.twitter.com/noGcGbX9LE
— Gil Diniz (@carteiroreaca) June 2, 2025
O que você acha desse escândalo no INSS? Deixe seu comentário, compartilhe esta matéria e cobre transparência e justiça das autoridades! Juntos, podemos exigir um sistema previdenciário mais seguro e ético. Participe da discussão!
Fonte: CNN Brasil/Hora Brasilia.
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