Autópsia revela que brasileira resistiu 12h após queda

Legista contradiz versão oficial sobre morte na Indonésia
O caso da morte da publicitária brasileira Juliana Marins, de 26 anos, no Monte Rinjani, na Indonésia, ganhou uma reviravolta dramática após a divulgação dos resultados da autópsia. Segundo o legista responsável, Ida Bagus Alit, a jovem pode ter resistido por até 12 horas após despencar do penhasco, contradizendo as informações iniciais fornecidas pelas autoridades de resgate do país.
Contradições no Horário da Morte
A autópsia revelou que Juliana faleceu entre 1h e 13h de quarta-feira (25/6), no horário local, estabelecendo uma janela de 12 horas para o momento exato da morte. Esta informação contrasta diretamente com os dados da Basarnas, agência de busca e resgate da Indonésia, que havia relatado que a brasileira foi encontrada sem vida na noite de terça-feira (24/6).
“A vítima morreu entre esse intervalo, com base nos sinais observados no corpo durante a autópsia”, declarou o médico legista à BBC. Alit ainda explicou que existe “uma diferença de cerca de seis horas em relação ao horário declarado pela Basarnas”, baseando-se nos cálculos médicos realizados durante o exame post-mortem.
O Acidente no Monte Rinjani
Juliana caiu no sábado (21/6) durante uma trilha no Monte Rinjani, um vulcão ativo localizado na ilha de Lombok. O local é conhecido por sua beleza natural, mas também pelos riscos que oferece aos visitantes. O terreno montanhoso, com clima instável e formações rochosas traiçoeiras, complicou significativamente os trabalhos de resgate.
O Monte Rinjani tem histórico de acidentes fatais, não sendo raros os incidentes graves na região. Dados do governo indonésio mostram que as trilhas do vulcão registraram 8 mortes e 180 acidentes nos últimos 5 anos, evidenciando os perigos inerentes à atividade.
Descobertas da Autópsia
O exame post-mortem revelou que a morte de Juliana foi causada por traumas severos resultantes da queda, incluindo múltiplas fraturas e hemorragia interna. “O impacto provocou lesões significativas no tórax, ombro, coluna e coxa, além de danificar órgãos vitais”, detalhou o legista.
Paradoxalmente, Alit também afirmou que, apesar da janela de 12 horas estabelecida pela análise dos sinais corporais, a ausência de hérnia cerebral sugere que o falecimento ocorreu relativamente pouco tempo após a queda – cerca de 20 minutos. Esta contradição nas declarações do próprio legista adiciona mais complexidade ao caso.
Características Perigosas do Monte Rinjani
O Monte Rinjani é o segundo vulcão mais alto da Indonésia, com 3.726 metros de altitude. A trilha é considerada difícil, exigindo preparo físico, equipamentos adequados e, preferencialmente, acompanhamento de guias certificados.
O terreno é particularmente traiçoeiro, com trechos íngremes e escorregadios compostos por areia e pedras vulcânicas, onde “a cada dois passos para frente, se desliza um para trás”. Turistas relatam que “o turismo na região é bastante precário, com pouca infraestrutura e quase nenhuma condição de segurança oferecida pelas empresas e guias locais”.
Novos Acidentes Após a Tragédia
Poucos dias após a morte de Juliana, outro acidente ocorreu no Monte Rinjani, deixando um turista malaio ferido, demonstrando que os riscos permanecem mesmo após a tragédia que vitimou a brasileira.
Impacto na Família e Investigações
A família de Juliana acompanha atentamente as investigações e trabalha para providenciar o translado do corpo ao Brasil. As contradições nas informações oficiais e a exposição pública dos detalhes da autópsia têm causado dor adicional aos familiares, que buscam esclarecimentos precisos sobre a tragédia.
Reflexões sobre Turismo de Aventura
O caso de Juliana Marins levanta questões importantes sobre a segurança no turismo de aventura em destinos exóticos. As formações rochosas no Parque Nacional Monte Rinjani se tornaram cenário de excursões de alto risco para turistas estrangeiros, destacando a necessidade de melhor regulamentação e estrutura de segurança.
A tragédia serve como alerta para turistas que buscam aventuras em locais de risco, enfatizando a importância de pesquisar adequadamente as condições de segurança, contratar guias qualificados e estar preparado para os desafios que destinos como o Monte Rinjani podem apresentar.
As autoridades indonésias continuam investigando as circunstâncias exatas da morte de Juliana, enquanto a família aguarda respostas definitivas sobre os eventos que levaram à perda da jovem publicitária brasileira.
💬 Compartilhe sua opinião: Você já visitou destinos de turismo de aventura? Quais precauções considera essenciais? 🔔 Siga-nos para mais atualizações sobre este caso 👥 Marque um amigo que precisa saber sobre os riscos do turismo de aventura 📱 Compartilhe para conscientizar outros viajantes sobre a importância da segurança em trilhas perigosas
Fonte: Informações compiladas de BBC, Jornal O Republicano e fontes jornalísticas nacionais e internacionais.
Da Redação.
Jornalista
Descubra mais sobre GRNOTICIAS
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.