Johnson ora por apoio eterno dos EUA a Israel no Muro das Lamentações

Presidente da Câmara lidera delegação em visita a Israel durante Tisha B’Av, reforçando laços com o Estado judeu
Em uma visita marcada por simbolismo e diplomacia, o presidente da Câmara dos Estados Unidos, Mike Johnson (R-La.), liderou uma delegação do Congresso a Israel no último domingo, durante a observância de Tisha B’Av, um dia de luto no calendário judaico que marca a destruição dos dois Templos de Jerusalém. Johnson, um cristão evangélico conhecido por sua fé pública e apoio inabalável a Israel, ofereceu uma oração no Muro das Lamentações, pedindo que os Estados Unidos “sempre estejam com Israel” e pela “preservação e paz de Jerusalém”. A visita ocorre em meio à guerra de quase dois anos contra o Hamas em Gaza, destacando a relevância geopolítica do momento.
Contexto da visita: Tisha B’Av e laços históricos
Tisha B’Av é um dos dias mais solenes do judaísmo, lembrando as tragédias que marcaram a história do povo judeu, incluindo a destruição do Primeiro e Segundo Templos. A escolha de Johnson para visitar o Muro das Lamentações nesse dia reforça a conexão entre os evangélicos americanos e Israel, uma relação que tem crescido nas últimas décadas. “Somos gratos pelo privilégio de estar aqui em Israel hoje, no dia em que reconhecemos a destruição do Templo duas vezes na história”, declarou Johnson, enfatizando a importância espiritual e histórica do momento.
A delegação incluiu os deputados Michael Cloud (R-Texas), Michael McCaul (R-Texas), Nathaniel Moran (R-Texas) e Claudia Tenney (R-N.Y.), além de Heather Johnston, fundadora da Associação de Educação EUA-Israel. A presença de figuras-chave do Partido Republicano sinaliza o apoio contínuo de setores conservadores americanos ao Estado judeu, especialmente em um contexto de tensões globais.
Encontros diplomáticos e discussões estratégicas
Durante a visita, a delegação se reuniu com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, e o ministro da Defesa, Israel Katz. Ambos expressaram gratidão pelo apoio dos Estados Unidos, particularmente do presidente Donald Trump, descrito como um aliado firme de Israel. Sa’ar destacou Johnson como “um verdadeiro amigo de Israel” e abordou preocupações compartilhadas, como a crescente onda de antissemitismo global. Ele criticou esforços de países como a Irlanda para deslegitimar Israel e comparou os ataques do Hamas aos recentes atos de violência contra a comunidade drusa na Síria, classificando-os como “barbárie”.
As discussões também abordaram a guerra em Gaza, que se aproxima de dois anos, e a necessidade de fortalecer a cooperação militar e diplomática entre os dois países. A visita reforça a posição dos EUA como principal aliado de Israel, em um momento em que o país enfrenta desafios regionais, incluindo tensões com o Irã.
Simbolismo e apoio evangélico
A oração de Johnson no Muro das Lamentações, um dos locais mais sagrados do judaísmo, carrega um peso simbólico significativo. No livro de visitas, ele escreveu: “Que Deus continue a abençoar e proteger o povo de Israel e seu maior amigo e aliado, os Estados Unidos”. Essa mensagem reflete a visão de muitos evangélicos americanos, que veem o apoio a Israel como uma questão de fé e valores compartilhados. A crescente influência desse grupo na política americana tem moldado as relações bilaterais, com líderes como Johnson promovendo uma agenda pró-Israel no Congresso.
A visita, que incluiu a participação de Heather Johnston, reforça o papel de organizações como a Associação de Educação EUA-Israel, que busca fortalecer os laços culturais e educacionais entre os dois países. A presença de Johnston na delegação destaca o esforço contínuo para construir pontes além da esfera política.
Reações e impacto global
A visita de Johnson ocorre em um momento delicado, com o conflito em Gaza e as tensões com o Irã no centro das atenções internacionais. O adiamento de um discurso planejado por Johnson no parlamento israelense em junho, devido a uma escalada de 12 dias com o Irã, evidencia a volatilidade da região. A oração no Muro das Lamentações, portanto, não é apenas um ato de fé, mas também uma declaração política, reafirmando o compromisso dos EUA com Israel em um cenário de incertezas.
A comunidade internacional, incluindo críticos de Israel, acompanha de perto essas demonstrações de apoio. As declarações de Sa’ar sobre o antissemitismo e os esforços para deslegitimar Israel refletem preocupações compartilhadas por líderes de ambos os países, que buscam combater narrativas hostis em fóruns globais.
Conclusão
A visita de Mike Johnson ao Muro das Lamentações durante Tisha B’Av é um marco nas relações EUA-Israel, combinando espiritualidade, diplomacia e estratégia geopolítica. Ao liderar uma delegação do Congresso e reforçar laços com líderes israelenses, Johnson sinaliza a continuidade do apoio americano a Israel, mesmo em tempos de conflito. Sua oração pela paz em Jerusalém e pela aliança duradoura entre as duas nações ressoa como um chamado à solidariedade em um mundo polarizado.
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Fonte: Jewish News Syndicate (JNS)
Da Redação.
Jornalista
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