Filho de Barroso foge dos EUA após sanções de Trump

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Decisão de Bernardo Barroso expõe tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos

Contexto da crise diplomática

Bernardo Van Brussel Barroso, diretor do banco BTG Pactual em Miami e filho do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, decidiu não retornar aos Estados Unidos após o agravamento das tensões entre o governo norte-americano, liderado por Donald Trump, e ministros da Corte brasileira.

A decisão foi tomada durante suas férias na Europa, em julho, quando o governo Trump anunciou sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, incluindo a suspensão de seu visto e a aplicação da Lei Magnitsky — instrumento jurídico utilizado pelos EUA para punir autoridades estrangeiras acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos.

Precaução e orientação familiar

Embora não haja confirmação oficial de que o visto de Bernardo tenha sido afetado, fontes próximas ao STF indicam que o próprio ministro Barroso teria aconselhado o filho a permanecer no Brasil, evitando possíveis constrangimentos ou impedimentos na entrada ao território norte-americano.

Bernardo, formado em Ciência de Dados nos EUA, ocupava o cargo de diretor associado do BTG Pactual em Miami desde agosto de 2024. A decisão de não retornar foi tomada como medida preventiva, diante da escalada das sanções e da falta de clareza sobre os alvos exatos das medidas impostas por Washington.

Sanções e seus desdobramentos

Além de Moraes, outros sete ministros do STF teriam sido afetados pelas sanções, incluindo Barroso, Gilmar Mendes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Luiz Fux. Apenas os ministros André Mendonça e Kássio Nunes Marques — ambos indicados por Bolsonaro — ficaram de fora.

No caso de Moraes, as sanções foram mais severas: além da suspensão do visto, ele foi incluído na lista da Lei Magnitsky, o que implica bloqueio de bens, contas bancárias e restrições ao uso de cartões de crédito e plataformas financeiras nos EUA.

Reações no STF

Durante a sessão de abertura do segundo semestre do Judiciário, Barroso e Gilmar Mendes se manifestaram em defesa de Moraes e da soberania nacional. Barroso relembrou o período da ditadura militar e reafirmou que o Brasil vive sob um regime democrático. Moraes, por sua vez, declarou que as sanções não afetarão o andamento da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL):

“O rito processual do STF não se adiantará, não se atrasará. O rito irá ignorar as sanções praticadas. Este relator vai ignorar as sanções que foram aplicadas e vai continuar os julgamentos. Sempre de forma colegiada. Não nos acovardando diante de ameaças, sejam daqui, sejam de qualquer outro lugar”, afirmou Moraes.

Implicações políticas e diplomáticas

A decisão de Bernardo Barroso de permanecer no Brasil lança luz sobre os impactos pessoais e institucionais das sanções impostas por Trump. A medida, vista por muitos como uma tentativa de interferência externa no Judiciário brasileiro, reacende o debate sobre soberania nacional e independência dos poderes.

A postura do STF, de manter os julgamentos e ignorar as pressões internacionais, reforça o compromisso da Corte com o Estado de Direito e a autonomia institucional frente a ameaças externas.

Conclusão

O episódio envolvendo Bernardo Barroso é mais um capítulo da crescente tensão entre o governo Trump e o Supremo Tribunal Federal. Em meio a um cenário de incertezas, a decisão de não retornar aos EUA reflete a cautela diante de uma crise diplomática que ainda promete novos desdobramentos.


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📚 Fonte: Metrópoles, O Globo, CNN Brasil, Correio 24h, O Tempo

Da Redação.

Jornalista


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