agosto 20, 2025 | by Ronaldo dos Reis

O jornal americano The Wall Street Journal (WSJ) publicou, no domingo (10), um artigo de opinião que gerou forte repercussão no Brasil e no exterior. Assinado pela colunista Mary Anastasia O’Grady, o texto acusa o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes de conduzirem um “golpe de Estado” institucional, com ações que, segundo o jornal, comprometem os pilares democráticos do país.
O artigo afirma que Moraes tem atuado como censor de opositores, ordenado prisões preventivas e conduzido inquéritos sigilosos sem controle externo. O WSJ compara a atuação do ministro às estratégias de líderes autoritários do século XXI, como Hugo Chávez, que consolidaram poder por meio de instituições democráticas antes de perseguirem adversários políticos.
Segundo o texto, o caminho para esse suposto autoritarismo começou em 2019, com a abertura do “inquérito das fake news”, no qual o STF atuou simultaneamente como acusador, investigador e julgador. Moraes foi designado sem sorteio e passou a monitorar redes sociais, criminalizar opiniões e prender críticos do tribunal.
Em 2021, o “inquérito das milícias digitais” teria ampliado esse controle, mirando empresas de tecnologia dos EUA e exigindo que plataformas como YouTube e Twitter censurassem conteúdos considerados inaceitáveis pelo STF. A penalidade para o descumprimento seria a proibição de operar no Brasil.
A atuação de Moraes à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições presidenciais de 2022 também foi alvo de críticas. O WSJ afirma que o tribunal se tornou “notavelmente mais político”, monitorando o discurso de partidos, candidatos e cidadãos, e censurando aqueles com quem discordava.
O artigo questiona a condução das investigações sobre os atos de 8 de janeiro de 2023. Cerca de 1.500 pessoas foram presas, algumas mantidas por até um ano sem julgamento. O WSJ aponta que opositores do governo Lula enfrentaram punições severas, enquanto atos violentos ligados à esquerda foram tratados com “compreensão”.
O texto relembra que, em março de 2021, o STF anulou a condenação por corrupção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, decisão que inflamou a direita brasileira. A partir daí, segundo o WSJ, o tribunal teria intensificado ações para silenciar opositores, embora alguns influenciadores estivessem fora do país e fora do alcance da Corte.
Senadores de direita estão se mobilizando para abrir um processo de impeachment contra Moraes, com o objetivo de “restaurar a imparcialidade judicial”. O artigo afirma que até membros da elite brasileira estão preocupados com o que chamam de “ministros embriagados de poder”.
A publicação também destaca que a recente sanção do Departamento do Tesouro dos EUA contra Moraes, sob a Lei Magnitsky, pode sinalizar futuras medidas internacionais caso o Brasil não restaure o Estado de Direito.
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🧭 Fonte: Gazeta do Povo – Brasil vive “golpe de Estado” do STF liderado por Moraes, diz WSJ
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