Carbono Oculto: R$ 52 bi lavados pelo PCC em postos e fintechs

Megaoperação revela como facção infiltrou o setor de combustíveis e fundos de investimento
🚨 A maior ofensiva contra o crime organizado no Brasil
Na última quinta-feira (28), o Brasil testemunhou a maior operação já realizada contra a infiltração do crime organizado na economia formal. Batizada de Operação Carbono Oculto, a ação mobilizou 1.400 agentes públicos em dez estados para desmantelar um esquema bilionário de lavagem de dinheiro, sonegação e fraudes comandado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).
A força-tarefa reúne Receita Federal, Ministério Público (federal e estaduais), Polícia Federal, polícias civis e militares, ANP, secretarias de fazenda e procuradorias estaduais.
🧠 Como o PCC se infiltrou na economia formal
Segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o PCC migrou da ilegalidade para a legalidade, criando uma estrutura empresarial paralela. A facção se infiltrou em toda a cadeia produtiva de combustíveis e no mercado financeiro, especialmente por meio de fintechs e fundos de investimento.
Principais revelações:
- Controle de 40 fundos de investimento com patrimônio superior a R$ 30 bilhões
- Financiamento de 4 usinas de álcool, 1 terminal portuário e 1.600 caminhões
- Aquisição de mais de 100 imóveis, incluindo fazendas e mansões
- Importação irregular de metanol, nafta e diesel, usados para adulterar combustíveis
- Uso de maquininhas e fintechs para movimentar dinheiro sem rastreabilidade
💸 Fundos em cascata e fintechs como bancos paralelos
A Receita Federal identificou uma rede de fundos multimercado e imobiliários com estrutura em cascata, dificultando a identificação dos beneficiários finais. Um único cotista — outro fundo — era usado para mascarar a origem dos recursos.
Esses fundos foram usados para:
- Comprar ativos físicos (imóveis, refinarias, frotas)
- Movimentar recursos ilícitos no sistema financeiro
- Blindar patrimônio oriundo do tráfico de drogas
- Uma das fintechs investigadas teria movimentado R$ 46 bilhões em valores não rastreáveis, funcionando como um verdadeiro banco clandestino.
⛽ Postos como lavanderias: R$ 52 bilhões em circulação
Mais de 1.000 postos de combustíveis foram usados para lavar dinheiro entre 2020 e 2024, movimentando R$ 52 bilhões, mas com recolhimento tributário insignificante.
Cerca de 140 postos não registraram nenhuma operação real, mas receberam R$ 2 bilhões em notas fiscais, indicando aquisições simuladas. Esses estabelecimentos funcionavam como “pontos de entrada” do dinheiro, captando recursos em espécie ou via maquininhas.
🏢 Empresas e personagens centrais
A operação investiga mais de 350 alvos, entre empresas e pessoas físicas. Entre os principais nomes estão:
- Roberto Augusto Leme da Silva (Beto Loco)
- Mohamad Hussein Mourad, ligado às distribuidoras Aster e Copape
- Ricardo Magro, do Grupo Manguinhos (ex-Refit), ex-advogado de Eduardo Cunha
- Mesmo após cassação de licenças pela ANP, empresas continuaram operando por meio de laranjas e novas distribuidoras.
Empresas envolvidas:
- Fintechs: BK Bank, Bankrow
- Gestoras: Reag, Trustee, Banvox
- Distribuidoras: Aster, Copape, Duvale, Arka, Rodopetro
- Usinas: Carolo, Virgolino de Oliveira, Itajobi, Furlan
- Logística: G8 Log, TLOG, Rio Log, Liquipar
📉 Impacto no mercado financeiro
A operação teve reflexos imediatos na Bolsa. As ações da Reag Investimentos (REAG3) despencaram 17,29%, antes de entrarem em leilão. A empresa afirmou colaborar com as autoridades.
Por outro lado, ações de distribuidoras como Raízen (RAIZ4), Ultrapar (UGPA3) e Vibra (VBBR3) dispararam, com analistas apontando que a operação pode reduzir a informalidade no setor de combustíveis.
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📰 Fonte: Infomoney.
Da Redação.
Jornalista
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