Criminalidade e Política: o Palanque em Chamas

Presença de traficante em evento com Lula reacende debate sobre segurança e governabilidade

A presença da traficante Alessandra Moja Cunha ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um evento público reacendeu um debate intenso sobre os limites entre política, segurança pública e governabilidade. Alessandra, presa por tráfico de drogas em São Paulo no dia 8 de setembro, substituiu o irmão — também preso — na liderança do tráfico na favela do Moinho, local visitado por Lula em julho deste ano.

A repercussão foi imediata. O senador Sergio Moro (União–PR), ex-juiz da Lava Jato, afirmou que “o crime organizado não vê o governo Lula como ameaça real às suas ambições e à sua expansão”. A declaração provocou indignação na Comissão de Segurança da Câmara, que agora exige explicações do Palácio do Planalto sobre a possível relação entre o governo e a traficante.

O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), presidente da comissão, classificou o episódio como um risco à segurança nacional. A Secretaria-Geral da Presidência, comandada por Márcio Macedo, está sob suspeita de ter negociado a visita de Lula à comunidade com interlocutores ligados ao crime organizado.

O impacto político

A oposição vê no episódio um reflexo da fragilidade do governo na área de segurança pública. A proximidade com figuras envolvidas com o tráfico levanta dúvidas sobre os critérios adotados para visitas presidenciais e sobre a blindagem institucional contra influências criminosas.

Enquanto isso, o governo tenta minimizar o episódio, alegando que a presença de Alessandra foi circunstancial e que não há vínculo formal com a Presidência. No entanto, a pressão por esclarecimentos cresce, e o caso pode se tornar um novo foco de desgaste político.

O agro na mira

Paralelamente, o governo enfrenta críticas do setor agropecuário. Uma consulta pública do Ministério da Agricultura propõe proibir o transporte de bovinos em pé por mais de 12 horas, o que, segundo produtores, inviabilizaria a logística de exportação de gado vivo.

A proposta inclui a obrigatoriedade de um “assistente de bem-estar animal” em cada caminhão, com custos adicionais de diárias e hospedagem. A medida é vista como “lacração ideológica” por representantes do setor, que acusam o governo de desconhecer a realidade da produção rural.

Em 2024, o Brasil exportou quase 1 milhão de cabeças de gado, e a expectativa para 2025 é de 1,5 milhão. A nova regra, se aprovada, pode comprometer esse desempenho histórico.

STF e liberdade de expressão

Outro ponto de tensão envolve o Supremo Tribunal Federal. Após críticas do governador Tarcísio de Freitas à atuação do STF, o ministro Alexandre de Moraes teria interpretado discursos de Jair Bolsonaro como confissão de culpa em relação à tentativa de golpe em 2023.

A atuação de Moraes tem sido alvo de críticas por parte de parlamentares, que o acusam de extrapolar suas funções e de agir como “líder do governo do PT no Supremo”, nas palavras do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Censura e repressão internacional

A imprensa brasileira também foi alvo de críticas por sua postura diante da censura às redes sociais no Nepal. Enquanto veículos nacionais defendem medidas semelhantes no Brasil, classificaram como “bloqueio” a repressão que resultou na morte de 19 nepaleses.

Assédio e impunidade

A Polícia Federal realizou buscas contra um homem identificado como Ítalo Almeida, acusado de assediar a senadora Soraya Thronicke (Pode-MS) e a deputada Sylvie Alves (União–GO), enviando inclusive fotos íntimas. Apesar da gravidade, não houve prisão, e a identidade do suspeito não foi oficialmente divulgada.

O episódio envolvendo Lula e Alessandra Moja Cunha é mais do que uma polêmica pontual. Ele expõe fragilidades institucionais, levanta suspeitas sobre a relação entre política e crime organizado, e reacende o debate sobre segurança pública no Brasil. Ao mesmo tempo, revela um governo em conflito com setores produtivos e sob pressão por maior transparência e responsabilidade.

A sociedade exige respostas. E o jornalismo, imparcial e vigilante, segue atento aos desdobramentos.

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🗞️ Fonte: Diário do Poder

Da Redação.

Jornalista

Ronaldo dos Reis

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Ronaldo dos Reis é jornalista, formado na Universidade Metodista de Piracicaba, pastor, formado bacharel em teologia pela Igreja Batista da Redenção. É também formado em Tecnologia em Marketing pela Universidade do Paraná. Tem formação em Coaching com especialização em emagrecimento definitivo e Programação Neurolinguística (PNL) aplicada ao Coaching e formação em Master Coaching, com especialização em Hipnose Clínica, pela Sociedade Internacional do Mindset (S.I.M.), presidida por Edson Burger.
Minha missão de vida é ajudar as pessoas a alcançar seus sonhos, objetivos e metas, voltados para o desenvolvimento humano, espiritual, autoconhecimento e equilíbrio físico, mental e emocional. Acredito em Deus, na família, no trabalho, na honestidade, no empreendedorismo, na liberdade de expressão e no nosso Brasil.

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