Amit Soussana: Coragem contra a negação global dos crimes do Hamas

Libertada israelense denuncia violência sexual do 7 de outubro e recebe prêmio dos EUA
Amit Soussana, uma das reféns israelenses libertadas após semanas de cativeiro nas mãos do Hamas, tornou-se um símbolo de resistência e denúncia contra a violência sexual cometida durante os ataques de 7 de outubro de 2023. Em entrevista ao JNS (Jewish News Syndicate), ela revelou que decidiu falar abertamente sobre os abusos sofridos para combater a crescente negação internacional desses crimes.
No dia 1º de abril de 2024, Soussana foi condecorada com o Prêmio Internacional Mulheres de Coragem, entregue pelo Departamento de Estado dos EUA. Entre as oito homenageadas, ela foi a única convidada a discursar diante de autoridades como o Secretário de Estado Marco Rubio e a ex-primeira-dama Melania Trump.
“Fiz Mais Diferença do que Imaginei”
Em seu emocionante depoimento, Soussana destacou a importância de sua decisão de revelar publicamente os horrores que enfrentou.
“Houve tanta negação do mundo e nenhum apoio das organizações femininas sobre o que aconteceu em 7 de outubro”, disse ela. “Sair, com meu rosto, com meu nome, e contar em detalhes o que aconteceu comigo em cativeiro, acho que fez uma grande diferença. Mais do que eu jamais imaginei que faria.”
Seu relato detalhado sobre os abusos sofridos no cativeiro do Hamas confronta diretamente as tentativas de minimizar ou negar os crimes sexuais cometidos durante o massacre. Enquanto organizações de direitos humanos e grupos feministas globais permaneceram em silêncio ou céticos, Soussana decidiu quebrar o tabu e exigir justiça.
O Silêncio das Organizações Feministas
Um dos aspectos mais chocantes do pós-7 de outubro foi a relutância de entidades internacionais em reconhecer os relatos de violência sexual. Enquanto casos de abuso foram documentados por sobreviventes, jornalistas e equipes médicas, muitas instituições que normalmente defendem vítimas de violência de gênero demoraram a se pronunciar.
Amit Soussana, sequestrada de seu lar no Kibutz Kfar Aza, foi uma das primeiras a descrever publicamente os atos de tortura e violação que sofreu. Seu testemunho foi crucial para pressionar a ONU e outras entidades a investigarem os crimes de guerra do Hamas.
O Reconhecimento dos EUA e o Impacto Global

O Prêmio Mulheres de Coragem, concedido anualmente a ativistas que desafiam opressões, destacou a bravura de Soussana em um momento em que muitas vítimas ainda temem represálias.
“Ela não apenas sobreviveu ao inenarrável, mas escolheu lutar pela verdade”, declarou um porta-voz do Departamento de Estado.
Sua história ressoou além de Israel, inspirando debates sobre justiça para vítimas de terrorismo sexual e a necessidade de maior apoio psicológico e jurídico.
O que Ainda Precisa Ser Feito?
Apesar dos avanços, Soussana alerta que a batalha contra a desinformação continua.
- Documentação de crimes: Equipes internacionais devem investigar os relatos de violência.
- Apoio às vítimas: Muitas sobreviventes ainda não receberam assistência adequada.
- Pressão política: Governos e ONGs devem exigir responsabilização do Hamas.
Enquanto isso, sua coragem segue como um farol para outras vítimas que ainda não encontraram voz.
Fonte: JNS.
Da Redação.
Jornalista
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