Daniel Noboa vence no Equador e consoliga direita no poder

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Empresário derrota esquerda em eleição acirrada e amplia vantagem no 2º turno

Quito, Equador – O empresário Daniel Noboa, de 35 anos, foi reeleito presidente do Equador neste domingo (13/04/2024), consolidando uma vitória expressiva contra a candidata de esquerda Luisa González. Com 90% das urnas apuradas, Noboa alcançou 55,09% dos votos, contra 44,05% de sua adversária, segundo dados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). A margem surpreendeu, já que as pesquisas de boca de urna indicavam um embate mais apertado.

A eleição foi marcada por polarização e reviravoltas. No primeiro turno, em fevereiro, a diferença entre os dois foi de apenas 0,17%, a menor da história recente do país. Noboa, que assumiu a presidência em 2023 após eleições antecipadas, conseguiu ampliar sua vantagem no segundo turno, capitalizando o descontentamento com o governo anterior e prometendo maior segurança e crescimento econômico.

A Ascensão de Noboa: De Herdeiro a Presidente

Formado em Harvard e herdeiro de um império bilionário do setor bananeiro, Noboa entrou na política há apenas quatro anos, quando se candidatou ao Congresso. Sua trajetória foi meteórica: nas eleições de 2023, saiu das últimas colocações nas pesquisas para vencer no segundo turno, graças a uma performance destacada em debates.

Seu governo tem sido associado a políticas de austeridade fiscal e combate ao crime organizado, um dos principais problemas do Equador, que enfrenta uma escalada de violência ligada ao narcotráfico. Noboa prometeu aumentar o controle nas fronteiras e modernizar a economia, atraindo investidores estrangeiros.

A Derrota da Esquerda e o Futuro do Equador

Luisa González, candidata apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa, não conseguiu repetir o sucesso de seu mentor. Apesar de ter mobilizado a base tradicional da esquerda, sua campanha foi prejudicada por associações com a crise econômica e a instabilidade política dos últimos anos.

Analistas apontam que a vitória de Noboa reflete um movimento regional de afastamento de governos progressistas, seguindo tendências vistas na Argentina e no Uruguai. Seu desafio agora será manter a coalizão que o elegeu, já que seu partido não tem maioria no Congresso.

Reações Internacionais e Próximos Passos

Líderes de direita, como Javier Milei (Argentina) e Nayib Bukele (El Salvador), comemoraram a vitória nas redes sociais. Já a esquerda latino-americana, incluindo o governo de Gustavo Petro (Colômbia), expressou preocupação com o que chamou de “avanço do neoliberalismo”.

Noboa priorizará reformas trabalhistas e parcerias comerciais com EUA e China. O Equador, que enfrenta dívida externa alta e inflação, espera que o novo governo traga estabilidade.

Da Redação.

Jornalista


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