26 de julho de 2024 21:16
Aos 7 anos de idade, o estudante do 2º ano da Lumiar Campinas André Bertoni estreou este ano na competição com medalha de ouro

Aos 7 anos de idade, o estudante do 2º ano da Lumiar Campinas André Bertoni estreou este ano na competição com medalha de ouro

A Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) registrou este ano um recorde de participações, somando 1.382.968 alunos participantes, 17% mais do que no ano passado, quando 1.181.517 estudantes participaram do evento. O número de escolas também foi recorde este ano, com 13.025 instituições de ensino, 5% mais que em 2022. A OBA é um evento nacional com a participação voluntária de alunos de escolas públicas e privadas que frequentam desde o primeiro ano do Ensino Fundamental até o último ano do Ensino Médio. A competição estudantil, assim como outras olimpíadas de conhecimento, contribui para popularizar a ciência e estimular o conhecimento.

Além de democratizar o conhecimento, as olimpíadas melhoram a qualidade da educação. “Essas competições fazem surgir novos talentos, que descobrem seu potencial e se sentem estimulados a aprimorar cada vez mais seu aprendizado e conhecimento. Participar dessas olimpíadas reforça o compromisso com a educação ampla e integral”, afirma a diretora da Escola Lumiar Campinas, Roberta Brito Pereira. Segundo o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, os participantes das olimpíadas de conhecimento ajudam a promover a atualização das escolas e muitos podem seguir carreiras técnico-científicas.

Aos 7 anos de idade, André Bertoni estreou este ano na OBA já com medalha de ouro. Ele é estudante do 2º ano da Lumiar Campinas e carregou para casa a medalha dourada no nível 1 da competição. André ainda tem muito caminho para se decidir pela sua carreira, mas gosta de dizer que quer se tornar cientista. “Sabemos que ele tem um potencial muito grande em aprender coisas novas e, com esse resultado, podemos continuar a apoiá-lo nesse sentido”, afirma o pai orgulhoso, Luiz Bertoni.

Segundo a mãe de André, Lígia Bertoni, a premiação na OBA logo na estreia tem grande importância para que ele desenvolva mais confiança em si mesmo e esteja aberto para novos desafios. As expectativas dos pais sobre o futuro do pequeno campeão é continuar estimulando a curiosidade dele em aprender e se encantar com o conhecimento, incentivando a participação em eventos similares, inclusive de outras áreas do conhecimento. “Cuidando, porém, para que não haja uma cobrança por resultados similares”, afirma o pai.

Lígia comenta que o incentivo da escola foi importante para André participar da competição. “Além da ótima divulgação das olimpíadas, através de cartazes e comunicados diretos aos familiares responsáveis, os educadores da Lumiar se surpreenderam com esse interesse tão particular e o apoiaram nessa decisão. Nossa escolha pela Lumiar se baseou justamente na possibilidade de experimentar diversas possibilidades de aprendizado nas várias áreas do conhecimento”, diz.

Roberta comemora o desempenho de André e a conquista da medalha. “A OBA é uma das maiores e mais importantes provas do país e é muito gratificante termos estudantes finalistas, mostrando que, mesmo com uma metodologia que trabalha com projetos, os conteúdos são contemplados e perguntas sobre astronomia e astronáutica são respondidas com segurança e sabedoria. Por se tratar de provas que usam muito o raciocínio lógico, acreditamos que vale a pena estimular os nossos estudantes a enfrentar esses desafios”, afirma.

Este ano, a Lumiar Campinas também obteve duas medalhas de prata na OBA, obtidas por Catarina Ferreira Carvalho Guerra e Luiza Varani Brandi. A escola participou ainda da Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), que acontece simultaneamente com a Olimpíada de Astronomia, na qual obteve cinco medalhas de ouro e cinco de prata, vencidas por alunos do 1º, 2º, 3º e 5º anos, divididos em quatro grupos, que disputaram os níveis 1 e 2 da competição.

Níveis

A OBA é dividida em quatro níveis, os três primeiros são para alunos do Ensino Fundamental e o quarto para os do Ensino Médio. A prova é composta por dez perguntas, sete de astronomia e três de astronáutica. A maioria das questões é de raciocínio lógico. As medalhas são distribuídas conforme a pontuação obtida por cada nível. A Olimpíada é realizada nas escolas brasileiras cadastradas desde 1998 pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e, a partir de 2005, em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB).

Segundo o coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), professor João Batista Canalle, disse ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, os alunos vencedores de medalhas nessas competições ganham motivação para estudar mais e, em geral, participam de mais de uma olimpíada. Ele aponta que a preparação dos estudantes para a disputa traz resultados positivos para toda a escola, estimulando colegas a participar do evento e incentivando os professores a ampliarem seus repertórios, já que astronomia e astronáutica não são disciplinas escolares. “Um círculo virtuoso que promove a melhoria do ensino e aprendizagem.”

Sobre a Escola Lumiar – Fundada em 2003, a Escola Lumiar surgiu como uma iniciativa de educadores de vanguarda para transformar a educação. Através de uma metodologia que prioriza a autonomia e a individualidade de cada estudante, o aprendizado se fundamenta em seis pilares: tutores e mestres; currículo em Mosaico; aprendizagem ativa; avaliação integrada; possibilidade de multietariedade e gestão participativa.

Por Bartira Betini.

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