O presidente francês enfatizou que a lei do suicídio assistido estabelecerá condições estritas, apenas adultos capazes de tomar decisões e com um prognóstico de vida ameaçado a médio prazo.
O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou neste último domingo (10/03) seu apoio a uma nova legislação sobre o assassinato assistido, logo após garantir o aborto na constituição do país. Macron revelou que seu governo apresentará ao Parlamento, em maio, um projeto de lei para implementar a eutanásia.
Em entrevista ao jornal francês Liberation, Macron recorreu a um eufemismo sujo, explicando que não deseja rotular a nova legislação como eutanásia ou suicídio assistido, mas sim como “ajuda para morrer”.
O presidente francês enfatizou que a lei estabelecerá condições estritas, nas quais apenas adultos capazes de tomar decisões e com um prognóstico de vida ameaçado a médio prazo, como em casos de câncer avançado, poderiam solicitar a eutanásia. Uma equipe médica avaliaria cada caso para garantir que os critérios para a decisão fossem corretos, e membros da família também teriam o direito de apelar da decisão.
O projeto de lei baseia-se no trabalho de um grupo de 184 franceses selecionados aleatoriamente para discutir a questão no ano passado, com 76% deles apoiando alguma forma de assistência para morrer.
Macron, que recentemente obteve uma vitória parlamento sobre o “direito” ao assassinato de bebês dentro do ventre (aborto), tem sido visto como um reformador ideológico em busca de fortalecer sua imagem entre o eleitorado progressista.