TCU investiga contrato de R$ 380 mi dos Correios com agências polêmicas

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Licitação sob suspeita ocorre enquanto estatal acumula prejuízos bilionários

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu abrir uma investigação sobre um contrato de R$ 380 milhões firmado pelos Correios com três agências de publicidade. A licitação, que já estava sob suspeita, foi alvo de denúncia do deputado estadual Leo Siqueira (Novo-SP), que apontou possíveis irregularidades no processo.

A análise preliminar do TCU identificou “falhas graves” na contratação das empresas Cálix Comunicação, Filadélfia S.A., Puxe Comunicação e Jotacom. Segundo o tribunal, houve ausência de justificativas técnicas para a escolha dessas agências, levantando dúvidas sobre critérios de seleção e transparência.

Empresas com histórico polêmico

Das quatro agências contratadas, três já estiveram envolvidas em escândalos de corrupção ligados ao PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Cálix, por exemplo, foi mencionada em investigações anteriores por supostos superfaturamentos em contratos públicos. Já a Filadélfia e a Puxe também têm registros de irregularidades em licitações passadas.

Curiosamente, nenhuma das maiores agências do país, que participaram do certame, conseguiu avançar para a segunda fase do processo. O fato chamou a atenção de especialistas em licitações, que questionam a isonomia e a competitividade do edital.

Correios em crise: prejuízos bilionários

O contrato milionário ocorre em um momento crítico para os Correios, que acumulam prejuízos de R$
3,2 bilhões em 2024. Só em janeiro deste ano, a estatal registrou um rombo de R$ 424 milhões, quase o mesmo valor destinado ao contrato de publicidade.

O deputado Leo Siqueira criticou a decisão:

“Uma empresa estatal e monopolista, com sérios problemas financeiros, não deveria gastar R$ 380 milhões em publicidade, ainda mais sem transparência. Os Correios estão em colapso, e esse tipo de contrato só agrava a situação.”

TCU pode suspender licitação

Diante das suspeitas, o TCU emitiu um alerta formal aos Correios e avalia a aplicação de uma medida cautelar para suspender o contrato. Se confirmadas as irregularidades, a licitação poderá ser cancelada, e os responsáveis, responsabilizados.

O caso também reacende o debate sobre a gestão das estatais sob o governo Lula. Dados recentes mostram que empresas públicas vêm acumulando déficits recordes, colocando em xeque a eficiência da administração federal.

Fonte: Revista Oeste

Da Redação.

Jornalista


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