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Foto: Reprodução Reuters

Nesta semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o fechamento da Agência para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), alegando que a organização utilizava pretextos humanitários, como combate à fome e apoio à vacinação, para financiar políticas de esquerda em diferentes países. A decisão foi justificada após a revelação de documentos que apontam práticas controversas da agência, incluindo ações no Brasil.

Relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), produzidos em 2012, indicam que a Usaid financiava organizações não governamentais (ONGs) na Amazônia para promover ações contrárias a projetos estratégicos do governo brasileiro, como obras de infraestrutura.

Entre as entidades financiadas pela Usaid, a Abin citou seis ONGs com sede na região amazônica:

1. Kanindé – Associação de Defesa Etnoambiental;

2. Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB);

3. Equipe de Conservação da Amazônia;

4. Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon);

5. Instituto Floresta Tropical;

6. Instituto de Pesquisas Ecológicas.

Segundo o relatório, essas ONGs atuaram para influenciar comunidades indígenas e populações tradicionais, alinhando suas ações às prioridades da Usaid. Um exemplo destacado foi a mobilização contra a pavimentação da BR-317, que conecta o Acre à Rodovia Interoceânica, em 2010. A obra, considerada estratégica para a integração regional, enfrentou protestos organizados por grupos indígenas financiados pela Usaid, resultando em negociações com o governo estadual.

Além disso, a Abin apontou que o projeto “Iniciativa para a Conservação da Bacia da Amazônia” (ABCI), financiado pela Usaid, buscava fortalecer organizações indígenas para monitorar desmatamento e queimadas, mas também para impedir projetos como a construção de hidrelétricas no Rio Madeira e a exploração do gás Urucu-Porto Velho.

Outro ponto levantado pela Abin foi o uso de satélites americanos, como o Landsat, para monitoramento remoto da Amazônia, com apoio do Imazon, uma das ONGs financiadas pela Usaid. A agência brasileira classificou essa prática como uma tentativa de interferência em assuntos internos, destacando que o monitoramento incluía estradas, comunidades indígenas e tipos florestais.

“Com financiamento estadunidense, o Imazon vem monitorando o espaço geográfico brasileiro. O sensoriamento remoto é feito por meio de satélites pertencentes aos EUA”, destacou o relatório.

Ao anunciar o fechamento da Usaid, Trump afirmou que a agência era usada para “promover uma agenda globalista sob o pretexto de ações humanitárias”. Ele destacou que a decisão faz parte de sua promessa de “desmantelar instituições que comprometem a soberania dos Estados Unidos e de outras nações”.

A decisão também gerou críticas de grupos que defendem o papel da Usaid no combate à pobreza e à desigualdade, especialmente em regiões vulneráveis como a Amazônia. No entanto, para Trump, a agência estava envolvida em ações que, segundo ele, “priorizavam interesses políticos em vez de atender às necessidades das populações locais”.

Fonte: Reuters.

Da Redação.

Jornalista


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