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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem intensificado seus movimentos políticos para viabilizar sua candidatura nas eleições de 2026. Durante um discurso em Copacabana, ele ressaltou que sua exclusão da disputa presidencial representaria um “atentado contra a democracia brasileira” e sinalizou esperança na futura composição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que estará sob o comando do ministro Kassio Nunes Marques a partir de agosto de 2025.

A principal aposta de Bolsonaro está na nova formação do TSE. Com Nunes Marques na presidência e André Mendonça como vice, ambos indicados ao Supremo Tribunal Federal (STF) por Bolsonaro durante seu mandato, o ex-presidente acredita que terá um ambiente mais favorável para contestar sua inelegibilidade. Além disso, Dias Toffoli também integrará a Corte, sendo visto como um nome “mais equilibrado” do que a atual presidente, Cármen Lúcia​.

A estratégia de Bolsonaro se baseia na possibilidade de reverter a decisão que o tornou inelegível até 2030, dada pelo próprio TSE em 2023. Entre os mecanismos discutidos para isso, aliados do ex-presidente mencionam a apresentação de novas provas e ações rescisórias, que podem levar a uma reavaliação da sentença​.

O Jogo de Xadrez no TSE e os Bastidores da Política

Nos bastidores, a possível reconfiguração do TSE tem gerado preocupação entre setores que foram críticos à atuação de Bolsonaro. Kassio Nunes Marques já proferiu decisões favoráveis a aliados do ex-presidente, como no caso do deputado Fernando Francischini, cassado por disseminação de fake news sobre as urnas eletrônicas. Essas decisões foram posteriormente revertidas pelo STF, o que levanta dúvidas sobre a autonomia do ministro caso sua presidência do TSE entre em rota de colisão com outros magistrados do Supremo​.

Por outro lado, membros do TSE que apoiam a atual linha de julgamento de casos eleitorais já estariam discutindo estratégias para manter a inelegibilidade de Bolsonaro, antecipando possíveis movimentações jurídicas por parte da defesa do ex-presidente​.

Com um discurso voltado para seus apoiadores mais fiéis, Bolsonaro tem reforçado sua narrativa de “perseguição política” e “defesa da democracia”. Em um cenário onde a corrida presidencial de 2026 começa a se desenhar, sua “carta na manga” pode alterar os rumos do jogo eleitoral e criar um embate jurídico e político de grandes proporções nos próximos anos​.

Fonte: Metrópoles.

Da Redação.

Jornalista


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