Carlos Bolsonaro Desmascara Farsa do 8 de janeiro

Narrativa de Golpe Desmorona Frente aos Fatos
No último dia 8 de janeiro, o Brasil assistiu a um evento que foi rapidamente rotulado como uma tentativa de golpe contra a democracia. No entanto, em um texto contundente publicado em suas redes sociais, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro trouxe à tona uma análise detalhada que questiona a narrativa oficial, apontando contradições e inconsistências que sugerem uma “farsa escancarada”. Com base em fatos concretos, vídeos, e omissões das autoridades, Bolsonaro expõe o que ele chama de uma encenação conveniente para consolidar narrativas autoritárias e silenciar opositores.
O Contexto do 8 de Janeiro
O dia 8 de janeiro de 2023 entrou para a história como o momento em que manifestantes invadiram os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília. A narrativa oficial, amplificada por setores da mídia e pelo governo recém-empossado de Luiz Inácio Lula da Silva, classificou o evento como uma tentativa orquestrada de golpe de Estado. No entanto, Carlos Bolsonaro argumenta que os fatos não sustentam essa versão.
Segundo ele, a ausência de elementos essenciais para um golpe — como comando centralizado, apoio militar, financiamento organizado ou lideranças políticas claras — torna a acusação frágil. “O que se viu foram baderneiros, não golpistas”, escreveu o vereador, destacando que episódios de depredação já ocorreram no passado, inclusive por grupos de esquerda, sem receberem a mesma classificação de “ataque à democracia”.
Contradições na Segurança e na Resposta Oficial
Um dos pontos mais controversos levantados por Bolsonaro é a conduta do General Gonçalves Dias, então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Lula. Vídeos mostram Dias caminhando tranquilamente entre os manifestantes, sem sinais de confronto, e até oferecendo água a eles. Essa postura contrasta com a gravidade atribuída ao evento. Por que um alto funcionário do governo, responsável pela segurança nacional, agiu de forma tão passiva?
Além disso, Bolsonaro questiona a destruição ou retenção de imagens das câmeras de segurança dos prédios públicos pelo Ministério da Justiça, comandado por Flávio Dino. “Se havia um golpe em curso, por que esconder as provas?”, indaga. Alertas de inteligência emitidos dias antes sobre possíveis distúrbios também foram ignorados, e a ausência do presidente Lula, que viajou no mesmo dia, levanta suspeitas sobre o timing dos eventos.
Uma Narrativa Conveniente?
Para Carlos Bolsonaro, o 8 de janeiro foi transformado em um “palanque político”. A ausência de investigações profundas sobre figuras-chave, como Gonçalves Dias, Flávio Dino ou até mesmo o próprio Lula, reforça a ideia de que o evento foi explorado para justificar medidas autoritárias. “Se fosse algo tão alarmante, por que não apreenderam o celular de Lula ou dos chefes da ABIN?”, questiona. Ele aponta que o governo usou o episódio para criminalizar opositores, perseguir divergências e consolidar o controle sobre a opinião pública.
Bolsonaro também destaca a falta de um organizador financeiro ou logístico plausível. Diferentemente de movimentos articulados, como os que marcaram protestos passados, o 8 de janeiro pareceu caótico e desorganizado, com a “esmagadora minoria” dos envolvidos sendo pessoas comuns, não agentes de um plano golpista.
O Verdadeiro Golpe
O vereador conclui que o verdadeiro golpe não ocorreu no dia 8, mas nos dias seguintes, com a construção de uma narrativa que sacrificou a verdade, o devido processo legal e o bom senso. Medidas como prisões em massa, censura nas redes sociais e a ampliação do controle estatal sobre a liberdade de expressão foram justificadas com base no “combate ao golpismo”. Para Bolsonaro, isso representa uma ameaça real à democracia.
Veja o vídeo:
Por isso que a esquerda não querem a CPI do 8 de Janeiro. pic.twitter.com/fCroWgUrvF
— Maria P (@damadanoite14) May 4, 2025
Impacto e Reflexão
A análise de Carlos Bolsonaro reacende o debate sobre os eventos de 8 de janeiro e desafia a sociedade a questionar narrativas prontas. Enquanto o governo segue utilizando o episódio para reforçar sua autoridade, as contradições apontadas pelo vereador sugerem que a história pode ser mais complexa do que parece. Resta saber se as perguntas levantadas encontrarão respostas ou se continuarão sendo abafadas em nome de uma verdade oficial.
Fonte: BBC e CNN.
Da Redação.
Jornalista
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